São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2011 |
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Rede estadual vai integrar ensino médio a técnico Em alguns casos, modalidade profissionalizante poderá feita separadamente Meta do governo é que, até 2014, 30% dos 1,3 milhão de alunos do ensino médio paulista tenham ensino técnico FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO Na tentativa de melhorar tanto a mão de obra no Estado quanto o ensino médio, o governo de SP decidiu integrar aulas regulares de suas escolas a cursos técnicos. A rede oferecerá duas opções: currículo médio básico totalmente integrado a cursos públicos profissionalizantes; ou cursos técnicos fora do horário de aula, em instituições credenciadas. Em ambos casos os jovens que optarem pelo modelo receberão diploma de ensino médio e técnico, em áreas como eletrônica, telecomunicações ou gestão, entre outros. A Folha teve acesso ao teor do programa, que será apresentado nos próximos dias e começará em outubro. Serão 30 mil vagas na opção de cursos fora do horário de aula. O início da modalidade integrada deve ser em 2012. A meta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é que, até 2014, tenham ensino técnico 30% dos 1,3 milhão de alunos do seu ensino médio. Responsável por mais de 85% das matrículas do Estado, a rede enfrenta dificuldades nessa etapa. No último Saresp (exame estadual), a nota dos alunos caiu. Além disso, só 62% dos jovens que ingressam no ensino médio se formam. "O estudante tem baixa autoestima e muitas vezes nem presta vestibular. Se ele não vir possibilidade de inserção no mercado de trabalho, vai desistir da escola", disse o secretário de Educação, Herman Voorwald. Para fazer o curso técnico, o jovem precisará estar matriculado na escola estadual. A secretaria aposta ainda na possibilidade de as aulas na rede melhorarem. "Os alunos passarão a trazer questões do mundo profissional para a escola", afirma a assessora técnica da pasta Lúcia Lodi, uma das responsáveis pelo programa. "O ensino médio integrado ao profissionalizante é uma boa iniciativa, mas as aulas precisam ser na mesma escola", afirma Celso Ferreti, pesquisador do Centro de Estudos Educação e Sociedade. "Dificilmente funcionará um currículo em instituições diferentes, com histórias e procedimentos diferentes." O especialista defende que as aulas sejam concentradas em um período do dia. "Duvido que eles optem por estudar em dois períodos." A união de ensino regular e técnico também é incentivada pelo governo federal, nas gestões Lula e Dilma. Texto Anterior: 2ª fase da Unesp tem 8,9% de abstenção Próximo Texto: Entrevista da 2ª - Carlos Ayres Britto: Preconceito de homofóbico o faz chafurdar no ódio Índice | Comunicar Erros |
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