KATIUCIA MAGALHÃES
DA FOLHA RIBEIRÃO

Sem chuva há dez dias e com previsão de estiagem até o fim da semana, Ribeirão Preto (SP) teve ontem 23% de umidade relativa do ar, índice mais baixo do ano e que coloca a cidade em estado de atenção. Medição abaixo de 30% representa risco à saúde -pode causar sangramentos no nariz e problemas respiratórios.
A Defesa Civil do Estado emitiu boletim de alerta a toda a região, que está desde 29 de julho em estado de atenção.
Em Ribeirão Preto, o relatório diário da Cetesb (agência ambiental paulista) mostra que a umidade começou a cair na sexta-feira passada, quando a cidade registrou 27% às 16h. Desde então, sem chuva, a situação foi se agravando até atingir 23% ontem, no mesmo horário.
Uma massa de ar seco que está sobre essas cidades é responsável pela seca, segundo a meteorologista Lucyara Rodrigues, da Defesa Civil do Estado. Segundo ela, a massa de ar chegou à região há duas semanas e começou a secar e esquentar -o fenômeno tem provocado temperaturas altas no período da tarde e impedido a formação de nuvens.
"A massa de ar seco também funciona como uma tampa, impedindo que outras frentes frias cheguem à região e provoquem chuvas", afirmou.

Qualidade do ar
A emissão de partículas inaláveis aumentou também em Ribeirão Preto no último final de semana. A Cetesb classificou a qualidade do ar como regular por causa do índice de emissão das partículas, de 50 mg/m a 100mg/m3 -acima de 100 mg/ m3 é inadequado).
No domingo, o índice atingiu 72 mg/m3 à 1h. Anteontem, ficou em 63 mg/m3 à 0h. As partículas inaláveis ficam suspensas no ar e são mais concentradas e prejudiciais com a falta de ventos.
As partículas geralmente são expelidas pelas indústrias, pelo escapamento dos veículos e pela queima da palha de cana-de-açúcar, comum na região.


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