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USP vai comprar câmeras e monitorar sua área externa
Universidade abriu licitação para adquirir 1º lote de 168 equipamentos de vigilância
Aparelhos têm giro de 360º e possuem um sistema infravermelho para gravar imagens noturnas; serão 70 unidades na primeira fase
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A USP (Universidade de São
Paulo) abriu ontem licitação
para comprar o primeiro lote
das 168 câmeras de vigilância
que serão instaladas na Cidade
Universitária, zona oeste de
São Paulo. Na primeira fase do
projeto, serão instalados 70
equipamentos, que irão vigiar
ruas, praças e outros espaços
abertos do campus.
O valor do investimento não
foi divulgado pela universidade, mas, em março do ano passado, a USP de São Carlos gastou R$ 70 mil na compra de
duas câmeras semelhantes.
Procurados por meio da assessoria de imprensa, ninguém
da prefeitura da Cidade Universitária comentou o projeto.
Para este ano, a universidade
reservou para seus campi R$
1,5 milhão para a compra de
equipamentos de segurança.
Os contratos com empresa de
vigilância, de R$ 19,3 milhões,
subiram 19,9% em relação ao
ano passado e já consomem
0,94% do orçamento da USP.
Para ter uma idéia do impacto
nas contas, o valor é o mesmo
reservado para investimentos
em informática neste ano.
Os equipamentos têm giro de
360º e são dotados de um sistema infravermelho para gravar
imagens noturnas. As imagens
serão enviadas ao Centro de
Operações do campus. Segundo a assessoria, não haverá câmeras dentro dos prédios.
O processo de implantação
da vigilância eletrônica na Cidade Universitária começou
em 2003, quando foram instaladas 22 câmeras, em pontos
considerados estratégicos, para
coibir abusos no trânsito e furtos de automóveis.
Na época, foi localizada uma
quadrilha que agia dentro do
campus. Os criminosos acabaram presos após abandonarem
o veículo que tentaram levar.
Mais recentemente, em março, o Instituto de Química passou a bloquear as entradas a
partir das 18h para combater a
violência. Também passou a ser
obrigatório portar crachás e o
número de vigias subiu de 14
para 16.
No dia 25 do mesmo mês, um
estudante do curso de direito
da USP foi baleado em uma
tentativa de assalto dentro da
Cidade Universitária. Ele foi
abordado por assaltantes na
praça Professor Rubião Meira.
Os dados de violência divulgados pela USP revelam que
houve mesmo um pico de casos
em março, com 87 ocorrências,
sendo 14 furtos de automóveis.
Naquele mês também houve
uma tentativa de estupro.
A Guarda Universitária aumentou o rigor e, em março e
em abril, parou, no total, 286
pessoas suspeitas para averiguação, mas somente sete foram detidas no momento em
que cometiam o crime.
Os casos caíram em abril,
com 49 registros, mas 13 veículos foram levados no período,
crime que teve pico em maio,
com 15 ocorrências.
No mês passado, mesmo com
as férias escolares, a Cidade
Universitária teve 26 ocorrências, incluindo três casos de
furto de bens da USP.
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