São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

USP vai comprar câmeras e monitorar sua área externa

Universidade abriu licitação para adquirir 1º lote de 168 equipamentos de vigilância

Aparelhos têm giro de 360º e possuem um sistema infravermelho para gravar imagens noturnas; serão 70 unidades na primeira fase


JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A USP (Universidade de São Paulo) abriu ontem licitação para comprar o primeiro lote das 168 câmeras de vigilância que serão instaladas na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo. Na primeira fase do projeto, serão instalados 70 equipamentos, que irão vigiar ruas, praças e outros espaços abertos do campus.
O valor do investimento não foi divulgado pela universidade, mas, em março do ano passado, a USP de São Carlos gastou R$ 70 mil na compra de duas câmeras semelhantes.
Procurados por meio da assessoria de imprensa, ninguém da prefeitura da Cidade Universitária comentou o projeto.
Para este ano, a universidade reservou para seus campi R$ 1,5 milhão para a compra de equipamentos de segurança. Os contratos com empresa de vigilância, de R$ 19,3 milhões, subiram 19,9% em relação ao ano passado e já consomem 0,94% do orçamento da USP. Para ter uma idéia do impacto nas contas, o valor é o mesmo reservado para investimentos em informática neste ano.
Os equipamentos têm giro de 360º e são dotados de um sistema infravermelho para gravar imagens noturnas. As imagens serão enviadas ao Centro de Operações do campus. Segundo a assessoria, não haverá câmeras dentro dos prédios.
O processo de implantação da vigilância eletrônica na Cidade Universitária começou em 2003, quando foram instaladas 22 câmeras, em pontos considerados estratégicos, para coibir abusos no trânsito e furtos de automóveis.
Na época, foi localizada uma quadrilha que agia dentro do campus. Os criminosos acabaram presos após abandonarem o veículo que tentaram levar.
Mais recentemente, em março, o Instituto de Química passou a bloquear as entradas a partir das 18h para combater a violência. Também passou a ser obrigatório portar crachás e o número de vigias subiu de 14 para 16.
No dia 25 do mesmo mês, um estudante do curso de direito da USP foi baleado em uma tentativa de assalto dentro da Cidade Universitária. Ele foi abordado por assaltantes na praça Professor Rubião Meira.
Os dados de violência divulgados pela USP revelam que houve mesmo um pico de casos em março, com 87 ocorrências, sendo 14 furtos de automóveis. Naquele mês também houve uma tentativa de estupro.
A Guarda Universitária aumentou o rigor e, em março e em abril, parou, no total, 286 pessoas suspeitas para averiguação, mas somente sete foram detidas no momento em que cometiam o crime.
Os casos caíram em abril, com 49 registros, mas 13 veículos foram levados no período, crime que teve pico em maio, com 15 ocorrências.
No mês passado, mesmo com as férias escolares, a Cidade Universitária teve 26 ocorrências, incluindo três casos de furto de bens da USP.


Texto Anterior: Há 50 Anos
Próximo Texto: Morte na passarela: Modelo uruguaia sofre parada cardíaca e morre em desfile
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.