|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRAGÉDIA EM CONGONHAS
IML já usa exame de DNA para identificar vítimas do acidente
Uso da técnica, iniciada no sábado, acelerou o ritmo de trabalho; apenas ontem sete corpos foram identificados
Instituto também mudou a etiqueta de identificação depois de ter entregue um corpo errado para uma família no interior de SP
RAFAEL TARGINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O IML (Instituto Médico Legal) começou a recorrer ao exame de DNA para identificar os
corpos das vítimas do acidente
da TAM. Esses exames começaram a ser feitos no sábado
passado, mas o anúncio só foi
feito ontem pelo órgão.
Até as 18h de ontem, dos 139
corpos identificados, 25 tiveram as identidades confirmadas pelo DNA. Desde o dia 21, o
IML coletou sangue de 197 parentes de vítimas.
O instituto usa basicamente
três técnicas para identificar
um corpo: a impressão digital, o
reconhecimento por uma alguma característica peculiar da
pessoa -uma tatuagem, um
piercing- e o DNA.
Segundo o diretor de divisão
do órgão, Carlos Alberto de
Souza Coelho, as três técnicas
são complementares. No entanto, o estudo do material genético é, geralmente, a última
opção.
A identificação pelo DNA
acelerou o ritmo de trabalho.
Só ontem, sete vítimas foram
identificadas. Da extração da
amostra do material ao reconhecimento, levam-se dois ou
três dias
Mitocôndrias
Segundo a responsável técnica pelo laboratório de DNA do
Instituto de Criminalística
(IC), Norma Bonacorso, até
agora não foi preciso usar o material genético encontrado nas
mitocôndrias para identificar
os corpos, apesar do estado de
carbonização e de mutilação da
maioria deles.
As mitocôndrias são as usinas energéticas das células e ficam dentro do citoplasma.
Normalmente, o DNA mitocondrial é extraído quando as
amostras estão muito degradadas ou apresentam pequena
quantidade de DNA nuclear
-que é retirado do núcleo da
célula e utilizado nos exames
tradicionais.
O IML mudou a maneira de
identificação depois que entregou um corpo errado para uma
família no interior de São Paulo. A partir de agora, além do
código numérico de quatro dígitos, a etiqueta terá também o
nome da pessoa.
Texto Anterior: Destroços do Airbus estão no hangar da TAM Próximo Texto: Prédio da TAM Express é liberado para demolição Índice
|