|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Supervisor e engenheiro operam trens para substituir funcionários parados
WILLIAN VIEIRA
JOHANNA NUBLAT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A voz do engenheiro de tráfico repete o mantra: "excepcionalmente hoje, a linha um está
paralisada". Excepcionalmente
ontem ele tirou o dia para ser
maquinista, no esforço do Metrô para repor os funcionários
em greve. Seu nome não pode
ser divulgado. "Ele é um dos engenheiros mais experientes da
empresa, sabe tudo de metrô",
garante Wilson Ferreira Braga,
54, supervisor operacional que
também está operando trens.
Ele trabalha no metrô há 26
anos -os quatro primeiros como operador de trem e os últimos 22 anos como supervisor
operacional. "Operar o trem é a
melhor função de todo o Metrô", garante o supervisor. "De
engenheiro a maquinista, todo
mundo sabe tocar o trem".
No dia-a-dia, Braga formula
as escalas de trabalho, inspeciona falhas operacionais e faz
outras atividades administrativas. Nos últimos dois dias, voltou a operar o trem. "É muito
bom abrir a porta do trem e ver
aquele mundo de gente se apertando para entrar", diz. Ele nega que ter ficado tanto tempo
sem ser maquinista seja um
problema. "Primeiro que a gente sempre dá uma voltinha no
trem. E, segundo, é que nem
andar de bicicleta. Nunca se esquece e é fácil pegar o ritmo".
Segundo o Metrô, há 550
funcionários trabalhando em
dois turnos de oito horas para
cobrir a greve. Na linha verde
há 10 funcionários (dentre engenheiros, supervisores, controladores) operando os cinco
trens-em geral são 14 veículos.
Texto Anterior: Engenheiro diz que segurança cresce sem operador de trem Próximo Texto: Serra acusa PT e não descarta a demissão de grevistas Índice
|