São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Supervisor e engenheiro operam trens para substituir funcionários parados

WILLIAN VIEIRA
JOHANNA NUBLAT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A voz do engenheiro de tráfico repete o mantra: "excepcionalmente hoje, a linha um está paralisada". Excepcionalmente ontem ele tirou o dia para ser maquinista, no esforço do Metrô para repor os funcionários em greve. Seu nome não pode ser divulgado. "Ele é um dos engenheiros mais experientes da empresa, sabe tudo de metrô", garante Wilson Ferreira Braga, 54, supervisor operacional que também está operando trens.
Ele trabalha no metrô há 26 anos -os quatro primeiros como operador de trem e os últimos 22 anos como supervisor operacional. "Operar o trem é a melhor função de todo o Metrô", garante o supervisor. "De engenheiro a maquinista, todo mundo sabe tocar o trem".
No dia-a-dia, Braga formula as escalas de trabalho, inspeciona falhas operacionais e faz outras atividades administrativas. Nos últimos dois dias, voltou a operar o trem. "É muito bom abrir a porta do trem e ver aquele mundo de gente se apertando para entrar", diz. Ele nega que ter ficado tanto tempo sem ser maquinista seja um problema. "Primeiro que a gente sempre dá uma voltinha no trem. E, segundo, é que nem andar de bicicleta. Nunca se esquece e é fácil pegar o ritmo".
Segundo o Metrô, há 550 funcionários trabalhando em dois turnos de oito horas para cobrir a greve. Na linha verde há 10 funcionários (dentre engenheiros, supervisores, controladores) operando os cinco trens-em geral são 14 veículos.


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