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Motorista em ziguezague mata 2 pessoas em São Carlos
Empresário supostamente embriagado, segundo a polícia, fugiu do local do acidente
Carros bateram de frente na rodovia que liga São Carlos a Ribeirão Preto; polícia encontrou garrafas de cachaça e uísque no Audi
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Duas pessoas da mesma família morreram quando o veículo em que estavam se chocou
contra um carro que era dirigido em ziguezague, segundo a
Polícia Militar Rodoviária, por
um motorista supostamente
embriagado, anteontem, por
volta das 18h30, em São Carlos.
Após o acidente, o empresário Augustinho José de Oliveira
Martins, 43, que dirigia um Audi A6, fugiu por um matagal
-até ontem à noite, ainda era
procurado pela polícia. No carro dele, no chão ao lado do banco do motorista, a polícia disse
ter encontrado uma garrafa de
cachaça quase vazia e outra de
uísque, completamente vazia.
Desde 20 de junho, quando a
lei seca entrou em vigor, dirigir
com teor de álcool no sangue
superior a dois decigramas por
litro -ou um chope- é considerado crime. Entre as punições possíveis estão suspensão
da carteira de habilitação, prisão do infrator, multa de
R$ 955 e retenção do veículo.
A colisão ocorreu na rodovia
Engenheiro Thales de Lorena
Peixoto Júnior, que liga São
Carlos a Ribeirão Preto. Segundo a polícia rodoviária, o empresário -dono de uma revendedora de caminhões em São
Carlos- entrou na contramão
da rodovia, que é de pista simples. Testemunhas disseram à
polícia que o carro também estava com os faróis apagados.
O Audi bateu no Gol dirigido
pelo caldeireiro Cléber Jesuíno
Batistela, 27. Ele e a sogra, Regina de Fátima Pereira Iglesias,
53, foram levados à Santa Casa
de São Carlos, onde morreram.
A mulher de Batistela, Sindéia Iglesias Batistela, 32, está
internada em estado grave. Antonio Iglesias Olivatte, 57, sogro de Batistela, sofreu ferimentos leves.
Uma pessoa que estava no
Audi, o auxiliar de serviços gerais Israel Bezerra Lima, 33, feriu-se levemente.
O caso foi registrado como
homicídio, ainda não caracterizado como doloso (com intenção de matar) ou culposo (sem
intenção) pelo delegado Geraldo de Souza Filho.
Segundo a polícia, nenhum
advogado ou parente de Martins compareceu à delegacia. A
Folha não conseguiu o telefone
do empresário -o nome não
consta da lista telefônica. A reportagem conseguiu falar com
uma prima de Martins, que pediu para não ser identificada e
disse não ter contato com ele.
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