São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008

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Motorista em ziguezague mata 2 pessoas em São Carlos

Empresário supostamente embriagado, segundo a polícia, fugiu do local do acidente

Carros bateram de frente na rodovia que liga São Carlos a Ribeirão Preto; polícia encontrou garrafas de cachaça e uísque no Audi

GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Duas pessoas da mesma família morreram quando o veículo em que estavam se chocou contra um carro que era dirigido em ziguezague, segundo a Polícia Militar Rodoviária, por um motorista supostamente embriagado, anteontem, por volta das 18h30, em São Carlos.
Após o acidente, o empresário Augustinho José de Oliveira Martins, 43, que dirigia um Audi A6, fugiu por um matagal -até ontem à noite, ainda era procurado pela polícia. No carro dele, no chão ao lado do banco do motorista, a polícia disse ter encontrado uma garrafa de cachaça quase vazia e outra de uísque, completamente vazia.
Desde 20 de junho, quando a lei seca entrou em vigor, dirigir com teor de álcool no sangue superior a dois decigramas por litro -ou um chope- é considerado crime. Entre as punições possíveis estão suspensão da carteira de habilitação, prisão do infrator, multa de R$ 955 e retenção do veículo.
A colisão ocorreu na rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior, que liga São Carlos a Ribeirão Preto. Segundo a polícia rodoviária, o empresário -dono de uma revendedora de caminhões em São Carlos- entrou na contramão da rodovia, que é de pista simples. Testemunhas disseram à polícia que o carro também estava com os faróis apagados.
O Audi bateu no Gol dirigido pelo caldeireiro Cléber Jesuíno Batistela, 27. Ele e a sogra, Regina de Fátima Pereira Iglesias, 53, foram levados à Santa Casa de São Carlos, onde morreram.
A mulher de Batistela, Sindéia Iglesias Batistela, 32, está internada em estado grave. Antonio Iglesias Olivatte, 57, sogro de Batistela, sofreu ferimentos leves.
Uma pessoa que estava no Audi, o auxiliar de serviços gerais Israel Bezerra Lima, 33, feriu-se levemente.
O caso foi registrado como homicídio, ainda não caracterizado como doloso (com intenção de matar) ou culposo (sem intenção) pelo delegado Geraldo de Souza Filho.
Segundo a polícia, nenhum advogado ou parente de Martins compareceu à delegacia. A Folha não conseguiu o telefone do empresário -o nome não consta da lista telefônica. A reportagem conseguiu falar com uma prima de Martins, que pediu para não ser identificada e disse não ter contato com ele.


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