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LUIZ MONTEIRO (1931-2009)
Jorge Amado dedicou "Dona Flor" a ele
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Monteiro aparece nas
primeiras edições de "Dona
Flor e Seus Dois Maridos".
Ele não é personagem de
Jorge Amado -a dedicatória
é que é endereçada a ele.
Jornalista que fez carreira
nos Diários Associados, Luiz
foi também diretor editorial
da Livraria Martins Editora e
responsável por cuidar da
publicação das obras do escritor baiano -por causa disso, tornaram-se amigos.
Na profissão, começou como revisor. Foi diretor-geral
de Redação e superintendente do "Diário de S. Paulo"
e "Diário da Noite". Exerceu
ainda os cargos de supervisor
de jornalismo da TV Tupi e
das rádios Tupi e Difusora.
Como lembra o sobrinho e
também jornalista Durval
Monteiro, Luiz era um homem generoso, que costumava socorrer os amigos.
"Quando o jornal estava
em dificuldades, ele bancava
do próprio bolso algumas reportagens", afirma.
O sobrinho conta também
que Luiz era um bom jogador
de sinuca. "Na época dele, isso era requisito para ser bom
jornalista." Aos sábados, batia bola com a turma.
O filho Renan, que o descreve como workaholic, diz
que o pai apoiava todas as decisões dos filhos. "Não exigia
nada, só que a gente fosse
palmeirense como ele."
Morreu quarta, aos 78,
após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Deixa três
filhos e dois netos. Tinha insuficiência renal e um câncer. A missa de sétimo dia será hoje, às 18h30, na igreja
Santa Generosa, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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