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Poucas pessoas buscam ajuda nos juizados
FERNANDA BASSETTE
DE SÃO PAULO
O engenheiro Paulo Noronha, 54, chegou ontem com
três horas de antecedência
ao aeroporto de Congonhas
e, mesmo assim, perdeu uma
reunião de negócios em Brasília. Seu voo, da Gol, fora
cancelado.
Em meio ao caos aéreo envolvendo a empresa, Noronha foi um dos poucos que
recorreram ao serviço do juizado especial para resolver o
problema. Até as 16h de ontem, só três pessoas procuraram o serviço no aeroporto.
Menos de 15 minutos depois de protocolar a reclamação, um representante da Gol
já estava na sala do juizado
para tentar entrar em um
acordo. E deu certo.
"Remarquei a passagem,
recebi dinheiro para alimentação e também um documento informando que o voo
foi cancelado", diz.
"Se depois eu constatar
que houve prejuízos por causa do cancelamento da reunião, tomarei outras providências", completa.
Ainda pouco procurado, o
juizado está funcionando há
12 dias nos aeroportos. O objetivo é solucionar conflitos
pontuais, sem que eles sejam
levados à Justiça.
Em 11 dias, 183 queixas foram protocoladas e 60 resultaram em acordo. Para a juíza
Mônica Soares Machado Alves Ferreira, coordenadora
dos juizados nos aeroportos,
o resultado é bom.
"Ter mais de 30% de sucesso nos acordos significa
que o serviço está funcionando", afirma a juíza.
Ela explica que o maior
problema são voos internacionais, pois as companhias
dizem não ter como deixar
um funcionário à disposição.
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