São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2010

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Poucas pessoas buscam ajuda nos juizados

FERNANDA BASSETTE
DE SÃO PAULO

O engenheiro Paulo Noronha, 54, chegou ontem com três horas de antecedência ao aeroporto de Congonhas e, mesmo assim, perdeu uma reunião de negócios em Brasília. Seu voo, da Gol, fora cancelado.
Em meio ao caos aéreo envolvendo a empresa, Noronha foi um dos poucos que recorreram ao serviço do juizado especial para resolver o problema. Até as 16h de ontem, só três pessoas procuraram o serviço no aeroporto.
Menos de 15 minutos depois de protocolar a reclamação, um representante da Gol já estava na sala do juizado para tentar entrar em um acordo. E deu certo.
"Remarquei a passagem, recebi dinheiro para alimentação e também um documento informando que o voo foi cancelado", diz.
"Se depois eu constatar que houve prejuízos por causa do cancelamento da reunião, tomarei outras providências", completa.
Ainda pouco procurado, o juizado está funcionando há 12 dias nos aeroportos. O objetivo é solucionar conflitos pontuais, sem que eles sejam levados à Justiça.
Em 11 dias, 183 queixas foram protocoladas e 60 resultaram em acordo. Para a juíza Mônica Soares Machado Alves Ferreira, coordenadora dos juizados nos aeroportos, o resultado é bom.
"Ter mais de 30% de sucesso nos acordos significa que o serviço está funcionando", afirma a juíza.
Ela explica que o maior problema são voos internacionais, pois as companhias dizem não ter como deixar um funcionário à disposição.


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