São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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Cenário impõe prudência nos gastos, diz prefeitura

Gestão Kassab diz que Orçamento de R$ 35,8 bilhões pode estar superestimado

Subsecretário afirma que redução dos gastos ocorre devido à crise externa, à alta dos juros e à restrição ao crédito


DE SÃO PAULO

O governo Gilberto Kassab (PSD) deverá ser mais "prudente" e "conservador" na utilização de verbas do Orçamento neste semestre do que foi no primeiro, em razão do cenário econômico adverso.
Para o subsecretário do Tesouro Municipal, Rogério Ceron, enquanto o dinheiro não estiver no caixa, nada será autorizado. "Se você liberar acima disso e vier uma crise um pouco mais severa, a prefeitura pode ficar sem caixa, em situação muito ruim."
Ele diz que "pode ser" que o Orçamento de R$ 35,8 bilhões seja reduzido. "Ele tem um otimismo, sim, porque no ano passado tivemos um crescimento muito robusto, mas, este ano, o cenário mudou de forma considerável."
Segundo ele, "não há nada que garanta que ele será executado". "Tomara que ocorra, mas a prudência recomenda cautela. Você tem de trabalhar com um cenário bem mais conservador."

NORMAL
Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura disse que a execução do Orçamento "vem ocorrendo normalmente" e que cerca de 1.380 dos 2.220 projetos com empenho zero são emendas parlamentares, cujos projetos podem ser desenvolvidos com orçamentos das secretarias.
Diz, ainda, que recursos de intervenções que estão em fase de projeto ou licitação podem ser remanejados, como ocorreu com a verba para reurbanização das favelas Parque Europa/Jardim Bandeirantes, e que esses projetos terão suas dotações de volta quando forem licitados.
"Tal medida visa a garantir o equilíbrio das contas públicas e o direito dos credores da prefeitura em receber."
No caso de baixas aplicações em projetos relacionados a áreas de risco, diz que a prefeitura desenvolve vários programas e que é "equivocado" tomar como base apenas a verba de uma dotação.
Afirma que, de 2005 a 2010, atendeu 206 mil famílias que viviam em áreas de risco e habitações precárias, que executou 501 intervenções e que há outras 50 em andamento e 13 autorizadas.
Também diz que até junho limpou 1.000 km de extensão de córregos e fez 800 mil limpezas de bocas-de-lobo e 600 operações "cata-bagulho".


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