São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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Comerciante é morto na frente dos dois filhos

Ele brincava com as crianças quando casa foi invadida por cinco ladrões na zona leste; um deles ameaçou o caçula

Semana teve ao menos 3 casos de latrocínio, com 4 vítimas, na Grande SP; crime é um dos que mais cresceram neste ano


AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Um comerciante de 35 anos foi assassinado na noite de anteontem na frente de seus dois filhos, de 5 e 13 anos, depois que um dos ladrões apontou a arma para o caçula. O crime ocorreu na Vila Progresso, na zona leste.
Antonio Syen Chon foi mais uma vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), crime que registrou um dos maiores índices de crescimento no Estado no primeiro semestre deste ano: 20%.
Chon jogava videogame com os filhos na casa da mulher -segundo a Polícia Civil, ele era casado, mas vivia numa casa diferente e ia quase toda noite brincar com eles.
Por volta das 21h, cinco homens encapuzados e armados entraram pelo portão e disseram que queriam o dinheiro do cofre. Sócio da mulher em duas lojas de roupas, o comerciante falou que não havia cofre. Irritado, um ladrão, que já tinha lhe tomado o celular e dinheiro, apontou o revólver para o caçula.
"Ele entrou em confronto com o ladrão e foi atingido por um tiro no peito", disse o delegado Roberto Gonçalves, do 32º DP. O projétil perfurou o tórax e saiu pelas costas.
Outros dois tiros foram disparados, mas ninguém foi atingido. O bando fugiu.
Procurados, os familiares da vítima não quiseram falar.
A polícia investiga se o comerciante, que tinha lojas no Brás e na Vila Progresso, estava sendo seguido.
Foi o segundo latrocínio da semana em que um pai é morto na frente dos filhos. O outro, na segunda, ocorreu num bar da Lapa (zona oeste).
Anteontem, em Guarulhos, Joselito Silva Reis, 67, foi morto por ladrões na porta de casa; um rapaz que trabalhava para ele também morreu.
Esse tipo de crime teve um crescimento de 20% no Estado no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2010 -134 casos com 136 vítimas, contra 161 casos e 167 vítimas neste ano.

Colaborou o "AGORA"


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