São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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ANÁLISE LATROCÍNIOS

Crime é um dos mais difíceis de se investigar e esclarecer

Somente sinergia entre polícias e governos pode fazer frente ao problema

RENATO SÉRGIO DE LIMA
ESPECIAL PARA A FOLHA

No primeiro trimestre deste ano foram registradas 167 vítimas de latrocínio no Estado de São Paulo, num aumento de 22,8% em relação ao mesmo período de 2010. É um dado preocupante e que desafia o planejamento das ações de prevenção e demandam a atenção do governo e dos dirigentes policiais.
O latrocínio, pela característica de crime de oportunidade, pode ser considerado um dos de mais difícil investigação ou esclarecimento.
Ele exige integração de esforços entre as polícias e com as prefeituras, uso intensivo de informações estatísticas ou de inteligência, bem como ferramentas de análise criminal (construção de perfis de suspeitos, comparadores balísticos, entre outros).
Ou seja, exige a adoção de estratégias dinâmicas para um tipo de crime cujo enfrentamento é muito complexo.
A população deve pensar em como se prevenir, mas somente com a busca de sinergias entre as polícias e governos é que poderemos pensar em fazer frente ao problema.
Dito isso, faz-se necessário indagar o governo paulista sobre as condições para que as polícias atuem de modo a convergir tais esforços.
Um exemplo: até que ponto as câmeras de monitoramento instaladas por prefeituras e pela PM podem servir para esquadrinhar territórios e fornecer elementos de investigação sobre eventuais suspeitos para a Polícia Civil?
Retoma-se a importância do fortalecimento da integração do serviço policial, de modo a torná-lo mais eficiente, portanto. A redução dos homicídios em São Paulo demonstra que esta é uma política que faz a diferença.


RENATO SÉRGIO DE LIMA é secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública


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