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ANÁLISE LATROCÍNIOS
Crime é um dos mais difíceis de se investigar e esclarecer
Somente sinergia entre polícias e governos pode fazer frente ao problema
RENATO SÉRGIO DE LIMA
ESPECIAL PARA A FOLHA
No primeiro trimestre deste ano foram registradas 167
vítimas de latrocínio no Estado de São Paulo, num aumento de 22,8% em relação
ao mesmo período de 2010. É
um dado preocupante e que
desafia o planejamento das
ações de prevenção e demandam a atenção do governo e
dos dirigentes policiais.
O latrocínio, pela característica de crime de oportunidade, pode ser considerado
um dos de mais difícil investigação ou esclarecimento.
Ele exige integração de esforços entre as polícias e com
as prefeituras, uso intensivo
de informações estatísticas
ou de inteligência, bem como
ferramentas de análise criminal (construção de perfis de
suspeitos, comparadores balísticos, entre outros).
Ou seja, exige a adoção de
estratégias dinâmicas para
um tipo de crime cujo enfrentamento é muito complexo.
A população deve pensar
em como se prevenir, mas somente com a busca de sinergias entre as polícias e governos é que poderemos pensar
em fazer frente ao problema.
Dito isso, faz-se necessário
indagar o governo paulista
sobre as condições para que
as polícias atuem de modo a
convergir tais esforços.
Um exemplo: até que ponto as câmeras de monitoramento instaladas por prefeituras e pela PM podem servir
para esquadrinhar territórios
e fornecer elementos de investigação sobre eventuais
suspeitos para a Polícia Civil?
Retoma-se a importância
do fortalecimento da integração do serviço policial, de
modo a torná-lo mais eficiente, portanto. A redução dos
homicídios em São Paulo demonstra que esta é uma política que faz a diferença.
RENATO SÉRGIO DE LIMA é secretário
Executivo do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública
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