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Barra da Tijuca
faz apostas no
público mirim
DA SUCURSAL DO RIO
O crescimento da população
infantil concentrado na zona
oeste carioca criou um eldorado para o setor de serviços e comércio para esse público: a
Barra da Tijuca.
Por concentrar uma população de alto poder aquisitivo e
que escolhe o bairro, entre outras razões, também pelo seu
perfil jovem, a Barra atrai escolas tradicionais da zona sul e
movimenta um comércio lucrativo voltado ao segmento.
Uma das explicações para o
crescimento dessa área é que,
diferentemente do que acontece na zona sul, na região administrativa da Barra há espaço
para a construção de novos
empreendimentos, o que barateia o custo do imóvel. Além
disso, o bairro é conhecido por
seus condomínios fechados,
que acabam atraindo pais com
medo da violência.
Por essas razões, a maioria
dos colégios que abriram filias
na Barra não se arrepende do
negócio e está tendo que aumentar o espaço físico para
atender à demanda. Foi o que
aconteceu com a escola Suíço-Brasileira, que desde 1970 tem
sua sede em Santa Teresa (zona
sul) e, em 2001, abriu uma filial
na Barra. A instituição estima
que no ano que vem o número
de alunos da Barra superará o
de Santa Teresa.
"A cada ano temos menos
alunos em Santa Teresa, onde
estamos diminuindo aos poucos o tamanho da escola, e mais
na Barra, onde estamos ampliando o novo prédio", diz
Christian Stauffer, presidente
do comitê escolar.
O crescimento das famílias
com crianças e poder aquisitivo também levou o shopping
Via Parque, no mesmo bairro,
a criar um pavilhão apenas
com lojas infantis, além de sete
áreas destinadas a parques e jogos para crianças.
Outro negócio que chama a
atenção na Barra é o de casas de
festas infantis, raridade na zona
sul. Uma das mais antigas no
bairro é a Zipariduda. O preço
pode parecer salgado: R$ 4.700
para uma festa no fim de semana com 100 pessoas.
A procura, no entanto, tem
sido constante. "Hoje, eu só tenho data vaga em fins de semana para o ano que vem", afirma
Luiza Carolina Amoedo, sócia
da casa.
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