São Paulo, segunda-feira, 04 de setembro de 2006

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Suzane von Richthofen é transferida para Ribeirão

Condenada pela morte dos pais foi levada de Rio Claro para penitenciária feminina

Secretaria da Administração Penitenciária não informou motivo da transferência, mas afirmou que é um procedimento padrão


JORGE SOUFEN JR.
DA FOLHA RIBEIRÃO

Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por participar da morte dos pais, Manfred e Marísia, em 2002, foi transferida na noite de anteontem de Rio Claro para a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, no interior de SP.
De acordo com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, que determinou a transferência, Suzane saiu do Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de SP) por volta das 20h e chegou a Ribeirão (314 km de SP) pouco depois das 22h.
A secretaria não informou o motivo da medida, mas disse que se trata de um procedimento padrão, que deveria ter sido realizado desde a condenação. No entanto, o advogado Mauro Nacif afirmou que a equipe de advogados de Suzane não sabia da transferência e foi pega de surpresa. A escolta foi feita pela Polícia Militar e um grupo especial de agentes penitenciários.
Suzane está em regime de observação, procedimento comum adotado pelas penitenciárias para a adaptação de presos, que pode durar de 15 a 30 dias.
Segundo agentes penitenciários, Suzane está sozinha, em uma cela comum, com cama, chuveiro e vaso sanitário.
"Antes de colocá-la com outras presas, é preciso dar um tempo para ver se elas vão aceitá-la", disse um dos agentes, que não quis se identificar.
A penitenciária de Ribeirão Preto tem capacidade para abrigar 300 pessoas, mas atualmente está com cerca de 325 mulheres.

Condenação
O casal Marísia e Manfred von Richthofen foi morto com golpes de barra de ferro enquanto dormia em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo). A condenação de Suzane, Cristian e Daniel Cravinhos saiu no dia 22 de julho, após cinco dias de julgamento no fórum da Barra Funda.
Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos foram condenados por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, além de fraude processual -teriam alterado a cena do crime.
A reportagem telefonou ontem para o ex-tutor da jovem, Denivaldo Barni, mas ele não retornou.


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