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Suzane von Richthofen é transferida para Ribeirão
Condenada pela morte dos pais foi levada de Rio Claro para penitenciária feminina
Secretaria da Administração Penitenciária não informou motivo da transferência, mas afirmou que é um procedimento padrão
JORGE SOUFEN JR.
DA FOLHA RIBEIRÃO
Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por
participar da morte dos pais,
Manfred e Marísia, em 2002,
foi transferida na noite de anteontem de Rio Claro para a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, no interior de SP.
De acordo com a Secretaria
de Estado da Administração
Penitenciária, que determinou
a transferência, Suzane saiu do
Centro de Ressocialização de
Rio Claro (175 km de SP) por
volta das 20h e chegou a Ribeirão (314 km de SP) pouco depois das 22h.
A secretaria não informou o
motivo da medida, mas disse
que se trata de um procedimento padrão, que deveria ter
sido realizado desde a condenação. No entanto, o advogado
Mauro Nacif afirmou que a
equipe de advogados de Suzane
não sabia da transferência e foi
pega de surpresa. A escolta foi
feita pela Polícia Militar e um
grupo especial de agentes penitenciários.
Suzane está em regime de observação, procedimento comum adotado pelas penitenciárias para a adaptação de
presos, que pode durar de 15 a
30 dias.
Segundo agentes penitenciários, Suzane está sozinha, em
uma cela comum, com cama,
chuveiro e vaso sanitário.
"Antes de colocá-la com outras presas, é preciso dar um
tempo para ver se elas vão aceitá-la", disse um dos agentes,
que não quis se identificar.
A penitenciária de Ribeirão
Preto tem capacidade para
abrigar 300 pessoas, mas atualmente está com cerca de 325
mulheres.
Condenação
O casal Marísia e Manfred
von Richthofen foi morto com
golpes de barra de ferro enquanto dormia em casa, no
Brooklin (zona sul de São Paulo). A condenação de Suzane,
Cristian e Daniel Cravinhos
saiu no dia 22 de julho, após
cinco dias de julgamento no fórum da Barra Funda.
Suzane e os irmãos Daniel e
Cristian Cravinhos foram condenados por duplo homicídio
qualificado por motivo torpe,
meio cruel e impossibilidade de
defesa das vítimas, além de
fraude processual -teriam alterado a cena do crime.
A reportagem telefonou ontem para o ex-tutor da jovem,
Denivaldo Barni, mas ele não
retornou.
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