São Paulo, segunda-feira, 04 de setembro de 2006

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Buscas nos Estados tentam prender mais 15

DA REPORTAGEM LOCAL

Agentes da Polícia Federal estavam ontem à tarde em busca de ao menos mais 15 pessoas que seriam ligadas à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e à quadrilha envolvida no furto do Banco Central em Fortaleza e na tentativa frustrada de assaltar duas agências em Porto Alegre.
A PF já está com os mandados de prisão e realizou ações em diversos Estados no final de semana para tentar encontrar mais integrantes do esquema e, com eles, parte dos R$ 164,8 milhões furtados há mais de um ano do BC de Fortaleza -dos quais somente R$ 20 milhões, aproximadamente, foram recuperados até ontem.
A megaoperação iniciada na última sexta-feira, que totalizava ontem 44 prisões, vai prosseguir durante esta semana para tentar prender os outros criminosos ligados à quadrilha.
Em São Paulo, onde sete pessoas haviam sido presas somente na sexta, os agentes buscavam ontem dois homens vinculados à facção criminosa cuja detenção era considerada estratégica pela instituição. Também eram previstas ações na madrugada de hoje.

Peruíbe
Anteontem, a PF conseguiu recuperar numa casa em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, R$ 450 mil que seriam ligados ao furto do BC de Fortaleza.
Somados aos R$ 196,6 mil recuperados na noite de anteontem em uma fazenda em Tocantins, a quantia do Banco Central que teria sido achada depois da Operação Facção Toupeira, desde a última sexta-feira, atinge R$ 646,6 mil -0,5% do montante furtado que ainda não foi localizado.
Em Peruíbe, a Polícia Militar foi chamada anteontem para ajudar a isolar a rua Poxoréu, que era alvo das buscas, mas não chegou a participar diretamente da operação no imóvel.
A casa, segundo a PF, era de Geovan Laurindo, preso na sexta-feira em São Paulo e irmão de Lucivaldo Laurindo, apontado como um dos líderes do assalto ao Banco Central de Fortaleza no ano passado e que foi preso na sexta-feira em Porto Alegre, na ação que flagrou a escavação de um túnel para furtar duas agências bancárias, do Banrisul e da Caixa Econômica Federal, no centro da cidade.
Dois vizinhos do imóvel em Peruíbe com quem a reportagem conversou anteontem por telefone disseram que a casa só era freqüentada de duas a três vezes por ano e que os seus ocupantes eram discretos. Eles se diziam assustados com a informação de que havia R$ 450 mil dentro do imóvel.


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