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Menores também trabalhavam, diz agricultor
DA AGÊNCIA FOLHA
Fugindo do desemprego e atraído por uma oferta de trabalho no
exterior, o agricultor gaúcho Carlos Santana, 34, foi com a família
de ônibus para a Venezuela, em
maio do ano passado.
Ainda em Ijuí (436 km a noroeste de Porto Alegre), sua cidade natal, ele foi contatado por um cunhado do fazendeiro Eguimar
Strohschein, também gaúcho.
"Ele me ofereceu US$ 420 por
mês por um trabalho na lavoura
de milho. Minha mulher ganharia
US$ 180 por trabalhos domésticos. Prometeu ainda que a gente
ia ter direito a uma casa e à boa
qualidade de vida."
Em Ijuí, Santana também trabalhava na construção civil. "Fazia
bicos. Na fazenda, além da plantação e da colheita, consertava instalações elétricas e fazia reformas
e construções."
O agricultor, a mulher e os filhos
(menores) relatam que eram
mantidos em cárcere privado,
sendo obrigados a trabalhar (todos) sem direito a salário. "Não
podíamos reclamar de nada. Do
contrário, meu patrão e seu filho,
Rafael Escarpo, 20, ameaçavam a
gente com disparos de arma."
Santana disse que seus parentes
em Ijuí estão recebendo ameaças
de morte pela fuga de seu grupo,
ocorrida na quarta-feira da semana passada.
(AdL)
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