DA REPORTAGEM LOCAL

Após ter se livrado da prisão na sexta-feira, por conta da lei eleitoral, o estudante de direito Adriano Saddi Lemos Oliveira, 23, acusado de ter mandado matar a mãe, foi preso ontem pelo Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos).
Pela lei, ninguém pode ser preso cinco dias antes ou 48 horas após as eleições. Outro acusado, o comerciante Roberval Cavalcanti, 36, foi preso ontem. Ambos iriam para a cadeia do 77º DP. A polícia ainda procura o motorista do estudante, Cristiano Ferreira, 27, foragido.
O aluno da Unip, que havia confessado o crime no seu depoimento à polícia, na quinta passada, negou ontem à imprensa ter sido o mandante do homicídio. "Sou inocente", disse.
Mas gravação feita pelo Denarc, na quinta, o incrimina. Nela, ele conta à polícia ter pedido ao motorista contratar os seqüestradores de sua mãe, a empresária do ramo imobiliário Marisa Saddi, 46.
"Falei com o Cristiano para dar um jeito na minha mãe. O principal motivo foi ela estar gastando demais", diz o estudante na gravação obtida pela Folha. Em seu depoimento, ele afirma ter pago R$ 15 mil pelo crime.
Ela foi seqüestrada em 26 de julho por dois homens em Carapicuíba. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte com cinco tiros em Vargem Grande.


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