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Professor faz bico para completar renda mensal
JEAN-PHILIP STRUCK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desanimados por causa
do salário que julgam ser
baixo, professores iniciantes da rede pública de São
Paulo completam o orçamento com outras atividades e pensam em desistir.
"Já cheguei a vender
mel na rua, trabalhei com
parente em marcenaria",
afirma Carlos Guimarães,
25, professor de biologia
numa escola estadual da
zona sul de São Paulo.
Há três anos trabalhando como professor substituto, ele recebe R$ 6,50
por uma aula de 50 minutos. Seu salário foi de R$
200 em setembro. Pensa
em desistir. "Para estar
aqui, passando essa humilhação como professor,
vou ser balconista, que pelo menos tem férias."
José Carlos Suci Jr., 24
anos, é um caso diferente.
Efetivado em fevereiro de
2008, ganha cerca de R$
1.600 (incluindo gratificações e auxílios).
Ele afirma ser um salário baixo para um professor. Para "garantir a sobrevivência" e por paixão, Suci também trabalha como
artista plástico. "Não estou gostando da escola por
causa do salário e do estresse. É muito trabalho
para pouco retorno."
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