Infraero inaugurou a sala de desembarque e a nova esteira de bagagens sem colocar o forro no teto, previsto no projeto

Obra de R$ 150 milhões deve melhorar a circulação no aeroporto paulistano, onde passam 12 milhões de passageiros por ano

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) inaugurou ontem pela manhã uma obra inacabada no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo.
A área de desembarque e da nova esteira de bagagem foi entregue sem forro no teto -diferentemente do modelo previsto para a segunda etapa do projeto de modernização do terminal de passageiros.
Sem os tapumes no teto, era possível ver barras de ferro, sistemas de ventilação de ar e fios. "Ficou feio e perigoso também. Vai que alguma peça dessas se solta e machuca alguém... Quando entrego uma casa, entrego inteira", disse o engenheiro Caio Tunin, 36.
Ele aguardava um parente ao lado das esteiras, ampliadas de três para quatro -o projeto, porém, previa cinco.
Em nota à imprensa, a Infraero informou que a última esteira será entregue em dezembro. Para o próximo mês também estava prevista a entrega da sala de desembarque, que foi antecipada para agilizar a operação de devolução de bagagens, segundo a empresa.
Com a reforma, a área de desembarque, localizada no piso térreo da ala sul do aeroporto, que antes tinha 1.300 m2, passou a ter 5.250 m2. Atualmente, 12 milhões de passageiros circulam por ano no terminal.
Também foi entregue ontem um novo acesso viário. Foram construídos dois pavimentos e um subsolo, que disponibilizará táxis, ônibus e estacionamento aos usuários.

Teste
"Esse acesso será testado mesmo a partir de domingo, quando é esperado um fluxo maior de passageiros. A obra visa desafogar e melhorar o trânsito nas vias de acesso ao aeroporto", disse o gerente operacional da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Valtair Fernandes Valadão.
A segunda fase começou a ser feita em 15 de outubro e custará R$ 150 milhões. Ainda falta finalizar a nova praça de alimentação e reformar o pátio e a pista de aeronaves -obras que devem ser entregues na terceira e última etapa, até junho de 2007. A primeira fase havia sido iniciada em 2004, ao custo de R$ 42 milhões.


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