São Paulo, quarta-feira, 04 de novembro de 2009

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Número de PMs não considera total de turistas

DA REPORTAGEM LOCAL

O litoral norte de São Paulo sofre com uma política que distribui o contingente da Polícia Militar de acordo com a população das cidades, o que não inclui seu grande número de visitantes na temporada de verão.
Isso cria um descompasso entre o número de policiais militares e a população. São sempre poucos PMs para manter a segurança, dizem representantes de moradores de Ilhabela e São Sebastião. Isso só é corrigido na Operação Verão, que começa em dezembro.
Só haverá solução com mais PMs nas cidades, afirma o presidente do Conseg (conselho de segurança) de Ilhabela, o empresário Onofre Sampaio Jr.
"Nossa situação [dados de violência] é ruim. Vemos os esforços dos PMs e dos policiais civis, mas eles não dão conta. Temos o dobro, o triplo de população para o mesmo contingente", diz Sampaio Jr.
Na costa sul de São Sebastião, onde estão os bairros mais caros, a insegurança fez proliferar a contratação de empresas privadas de vigilância, diz Sérgio Pereira de Araújo, presidente da Federação Pró-Costa Atlântica, que reúne ONGs da cidade.
É raro encontrar na costa sul quarteirões em que não haja casas com os adesivos das empresas privadas. A exemplo de Barequeçaba, as ONGs contratam vigias para bairros inteiros.
Araújo, da ONG de Barequeçaba, diz que quase toda arrecadação da entidade é gasta com os vigilantes.
A Secretaria da Segurança, em resposta, diz que desde 2007, são mais de 15 mil novos policiais civis e militares, entre contratados e concursos autorizados em todo o Estado. A PM também abriu 2.682 vagas para soldado temporário, com inscrições até o dia 9.
A PM diz ainda que, entre janeiro e setembro, efetuou mais de 500 prisões em flagrante e apreendeu 67 armas em São Sebastião, Ilhabela e Caraguá.


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