São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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Caminhão derruba passarela; 2 morrem

Com a caçamba levantada, veículo derrubou 3 vigas e 2 pilastras sobre a rodovia Raposo Tavares, em Sorocaba

Advogado da empresa para a qual trabalha o caminhoneiro afirma que ele não percebeu a caçamba suspensa

DO "AGORA"

Duas pessoas morreram ontem de manhã quando um caminhão com a caçamba levantada derrubou parte de uma passarela sobre a rodovia Raposo Tavares, em Sorocaba (99 km de São Paulo).
A caçamba pôs abaixo três vigas e duas pilastras, matando o catador Antonio da Silva, 63, que atravessava a passarela de bicicleta, e o comerciante Vladimir de Almeida Pires, 49, que teve parte de sua Kombi atingida.
O acidente ocorreu às 5h25 no km 97,5 da rodovia. Duas das quatro pistas, nos sentidos capital e interior, ficaram bloqueadas pelos escombros por oito horas e 30 minutos.
O motorista do caminhão, Anilto Renato da Silva, 45, não foi preso em flagrante, segundo a polícia, porque não dirigia sob efeito de álcool e porque não ficou comprovado dolo (intenção) eventual em sua conduta.
Ele responderá em liberdade a inquérito, suspeito de homicídios culposos na direção de veículo automotor.
José Bernardo Junior, advogado da fábrica de blocos de concreto Indaiá, para a qual trabalha o motorista, disse que ele "não percebeu que a caçamba estava suspensa" e não se manifestaria sobre o caso "porque estava em choque por conta da morte das duas vítimas".

OFICINA
Segundo o advogado, o motorista acabara de pegar o veículo na oficina DHL, na própria Raposo, e "só percebeu que a caçamba estava suspensa com o impacto".
De acordo com ele, o motorista não apertou nenhum botão para erguer a caçamba. Bernardo Junior informou que a empresa estuda se cabe ou não uma indenização às famílias das duas vítimas.
O gerente-geral da DHL, Everaldo Baniski, disse que o caminhão foi levado para a oficina na sexta-feira, para fazer uma verificação no nível do óleo, e deixou o local pouco antes do acidente.
Ele descartou a hipótese de o caminhão ter deixado a DHL com a caçamba erguida ou de o defeito ter ocorrido por conta do serviço feito.
A balconista Kátia Soledade da Silva, 21, estava sob a única viga que suportou o impacto da batida quando viu o pai cair da passarela.
"Foi horrível. Vi meu pai e a bicicleta caindo. Fiquei em estado de choque."

FOLHA.com
Veja imagens do local do acidente causado pelo caminhão
folha.com.br/mm825108


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