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Caminhão derruba passarela; 2 morrem
Com a caçamba levantada, veículo derrubou 3 vigas e 2 pilastras sobre a rodovia Raposo Tavares, em Sorocaba
Advogado da empresa para a qual trabalha o caminhoneiro afirma que ele não percebeu
a caçamba suspensa
DO "AGORA"
Duas pessoas morreram
ontem de manhã quando um
caminhão com a caçamba levantada derrubou parte de
uma passarela sobre a rodovia Raposo Tavares, em Sorocaba (99 km de São Paulo).
A caçamba pôs abaixo três
vigas e duas pilastras, matando o catador Antonio da
Silva, 63, que atravessava a
passarela de bicicleta, e o comerciante Vladimir de Almeida Pires, 49, que teve parte de sua Kombi atingida.
O acidente ocorreu às 5h25
no km 97,5 da rodovia. Duas
das quatro pistas, nos sentidos capital e interior, ficaram
bloqueadas pelos escombros
por oito horas e 30 minutos.
O motorista do caminhão,
Anilto Renato da Silva, 45,
não foi preso em flagrante,
segundo a polícia, porque
não dirigia sob efeito de álcool e porque não ficou comprovado dolo (intenção)
eventual em sua conduta.
Ele responderá em liberdade a inquérito, suspeito de
homicídios culposos na direção de veículo automotor.
José Bernardo Junior, advogado da fábrica de blocos
de concreto Indaiá, para a
qual trabalha o motorista,
disse que ele "não percebeu
que a caçamba estava suspensa" e não se manifestaria
sobre o caso "porque estava
em choque por conta da morte das duas vítimas".
OFICINA
Segundo o advogado, o
motorista acabara de pegar o
veículo na oficina DHL, na
própria Raposo, e "só percebeu que a caçamba estava
suspensa com o impacto".
De acordo com ele, o motorista não apertou nenhum botão para erguer a caçamba.
Bernardo Junior informou
que a empresa estuda se cabe
ou não uma indenização às
famílias das duas vítimas.
O gerente-geral da DHL,
Everaldo Baniski, disse que o
caminhão foi levado para a
oficina na sexta-feira, para
fazer uma verificação no nível do óleo, e deixou o local
pouco antes do acidente.
Ele descartou a hipótese
de o caminhão ter deixado a
DHL com a caçamba erguida
ou de o defeito ter ocorrido
por conta do serviço feito.
A balconista Kátia Soledade da Silva, 21, estava sob a
única viga que suportou o
impacto da batida quando
viu o pai cair da passarela.
"Foi horrível. Vi meu pai e a
bicicleta caindo. Fiquei em
estado de choque."
FOLHA.com
Veja imagens do local do
acidente causado pelo
caminhão
folha.com.br/mm825108
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