São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2004

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VESTIBULAR

Alunos tiveram de fazer redação sobre o tempo; abstenção foi de 4,71%

Tema filosófico surpreende na Fuvest

DA REPORTAGEM LOCAL

O tema da redação da Fuvest deste ano foi de abordagem filosófica, e não ligado a assuntos atuais ou do universo jovem, quebrando uma tradição que vinha desde o final da década de 90. Os cerca de 29 mil candidatos tiveram de dissertar sobre o tempo.
Após o processo seletivo de 1995, quando o tema da redação foi considerado extremamente difícil por ser de caráter filosófico, a Fuvest gradualmente passou a adotar temas mais diretamente ligados ao mundo dos jovens e, por isso, considerados mais fáceis.
O tema de ontem, entretanto, surpreendeu, voltando a exigir reflexões mais complexas. "A redação deve ter gerado dificuldades. Os temas filosóficos não costumam ser objeto de reflexão dos jovens, que são mais ligados a questões mais imediatas", disse Maria Aparecida Custódio, professora de redação do Objetivo.
Já para a coordenadora do cursinho Etapa Célia Passoni, o tema não deve ter causado dificuldades. "Foi uma retomada dos temas mais reflexivos, mas não da forma abstrata como era antes", disse ela, que considerou de nível médio as dez questões de língua portuguesa do exame.
O vestibulando de letras Fábio Lucindo, 19, achou a prova mais fácil do que esperava e diz não ter tido dificuldades com a redação. "Tinha muito o que ser falado."
Os comentários da prova estão no site www.fovest.com.br.

Trânsito
As mudanças nas avenidas Eusébio Matoso e Rebouças acabaram não comprometendo os vestibulandos que fizeram ontem a primeira prova da segunda fase. Para evitar transtornos, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) só fechou a pista sentido Cidade Universitária depois das 13h, quando os portões dos locais de prova já estavam fechados.
A medida permitiu que a candidata Luanda Villas Boas Vannuchi conseguisse fazer a prova na Cidade Universitária. Moradora do bairro de Pinheiros (zona oeste), ela confundiu o seu número de inscrição e, consequentemente, o local de prova. Ao chegar ao prédio da Universidade Anhembi Morumbi, próximo ao metrô Bresser (região central), ela percebeu que estava no local errado, já que seu nome não constava da relação de candidatos que fariam a prova lá. O casal Ivo e Maria Angela Soares, que aguardava o filho entrar no local, viu a estudante chorando e dispôs-se a levá-la ao prédio correto. Eles saíram às 12h30 e chegaram cinco minutos antes do fechamento dos portões.
"A sorte foi que a Rebouças ainda não estava interditada. Agora, além do meu filho, vou torcer também por ela", disse a mãe.
Os locais de prova deveriam ter sido conferidos de acordo com o número que consta na ficha de inscrição do candidato. Além disso, a Fuvest recomenda que o candidato visite o prédio um dia antes da realização do exame. Além da inscrição na Fuvest, o candidato possui também o número do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o que pode ter gerado confusão em alguns candidatos, segundo o coordenador do vestibular, Roberto Costa. .
Dos 29.561 candidatos que deveriam ter feito a prova ontem, 4,71% não compareceram (no ano passado, foram 6,27%).
A segunda fase continua hoje com as provas de história ou química, dependendo da carreira. O horário e o local são os mesmos.



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