São Paulo, quinta-feira, 05 de janeiro de 2006

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RIO

Operação foi montada após resgate de presos em fórum

Polícia faz esquema com helicóptero para levar traficante Sassá a depor

DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de 70 policiais e um helicóptero foram usados ontem no fórum da Ilha do Governador, para dar segurança ao depoimento do traficante Edmílson Ferreira dos Santos, o Sassá, e de seu cúmplice Cristiano Santos Guedes.
Sassá depôs durante uma hora e foi levado de volta para o presídio de Bangu. Ele é líder da facção ADA (Amigo dos Amigos) e foi preso no início de novembro do ano passado.
O forte esquema foi montado em razão de, no dia 27 de dezembro, dois policiais civis e dois presos terem sido mortos durante a chegada do traficante Marcélio de Souza Andrade -que também tinha o apelido de Sassá- e outros seis presos para prestar depoimento no mesmo Fórum da Ilha do Governador. Marcélio foi resgatado, mas acabou morto durante as buscas da polícia.
Sassá ouviu as acusações contra ele, na sessão presidida pelo juiz titular da 1ª Vara da Ilha do Governador, Flávio de Azevedo Horta, que teve início às 16h. O traficante foi preso no dia 4 de novembro, escondido no subsolo de um depósito na favela Salsa e Merengue, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio.
Ao ser preso, Sassá carregava duas pistolas, uma granada, cinco rojões de fabricação argentina e um lança-rojão, além de quatro bombas caseiras. De acordo com a polícia, Sassá tinha contatos com "matutos" (atacadistas) de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Com a prisão de Sassá, a polícia afirmou à época que o novo líder da ADA seria Ronaldo Ferreira do Nascimento, o Mocotó, que saiu da cadeia no ano passado após ficar preso durante quase três anos.


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