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RIO
Operação foi montada após resgate de presos em fórum
Polícia faz esquema com helicóptero para levar traficante Sassá a depor
DA SUCURSAL DO RIO
Cerca de 70 policiais e um helicóptero foram usados ontem no
fórum da Ilha do Governador, para dar segurança ao depoimento
do traficante Edmílson Ferreira
dos Santos, o Sassá, e de seu cúmplice Cristiano Santos Guedes.
Sassá depôs durante uma hora e
foi levado de volta para o presídio
de Bangu. Ele é líder da facção
ADA (Amigo dos Amigos) e foi
preso no início de novembro do
ano passado.
O forte esquema foi montado
em razão de, no dia 27 de dezembro, dois policiais civis e dois presos terem sido mortos durante a
chegada do traficante Marcélio de
Souza Andrade -que também tinha o apelido de Sassá- e outros
seis presos para prestar depoimento no mesmo Fórum da Ilha
do Governador. Marcélio foi resgatado, mas acabou morto durante as buscas da polícia.
Sassá ouviu as acusações contra
ele, na sessão presidida pelo juiz
titular da 1ª Vara da Ilha do Governador, Flávio de Azevedo Horta, que teve início às 16h. O traficante foi preso no dia 4 de novembro, escondido no subsolo de um
depósito na favela Salsa e Merengue, no Complexo da Maré, Zona
Norte do Rio.
Ao ser preso, Sassá carregava
duas pistolas, uma granada, cinco
rojões de fabricação argentina e
um lança-rojão, além de quatro
bombas caseiras. De acordo com
a polícia, Sassá tinha contatos
com "matutos" (atacadistas) de
São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Com a prisão de Sassá, a polícia
afirmou à época que o novo líder
da ADA seria Ronaldo Ferreira do
Nascimento, o Mocotó, que saiu
da cadeia no ano passado após ficar preso durante quase três anos.
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