São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Bebê é dado como morto, fica 4 h sozinho e sobrevive

Prematura de seis meses foi achada por faxineira que a levaria com lixo hospitalar

Pais já haviam registrado a morte quando souberam que ela estava viva; mãe fala em "milagre", mas quer punição em caso de negligência

DO "AGORA"

Uma bebê prematura foi dada como morta durante o parto, na última sexta, e, depois de passar quatro horas sozinha na sala cirúrgica, foi vista se mexendo por uma faxineira que a recolheria com o lixo hospitalar. A família tinha registrado o óbito quando soube que ela estava viva. O parto ocorreu às 18h25, e a criança foi achada pela funcionária às 22h30.
O Hospital Estadual Leonor Mendes de Barros, no Belém (zona leste), abriu sindicância para apurar o caso.
Segundo a mãe da menina, a dona-de-casa Renata Alves de Oliveira, 32, os médicos não acreditaram na primeira vez em que a faxineira alertou sobre a bebê. Foi preciso que ela os chamasse novamente para que prestassem socorro.
Em caso de natimortos com até 500 gramas, o feto é descartado com o lixo hospitalar. Só que a menina prematura nasceu com 725 gramas, de acordo com seus pais.
A criança, que recebeu o nome de Giovana Vida Góes, nasceu quando a mãe estava com seis meses de gestação.
Na sexta, Renata começou a ter dores e os médicos informaram que ela estava entrando em trabalho de parto. A mãe conta que os médicos optaram por não fazer uma cesárea porque avaliariam que não havia chances para o bebê.
Durante o parto, primeiro apareceram as pernas, e a cabeça ficou presa. "Cheguei a senti-la e também achei que estivesse morta", conta a mãe.
Renata diz o fato de a filha estar viva é um "milagre", mas fala que, se houve falha, o responsável deve ser punido.
O pai da bebê, o motorista Alexandre Góes, 32, que havia registrado a morte, voltou à polícia. Desta vez para dizer que a filha estava viva. O bebê está em estado gravíssimo.


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