São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011

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Argentino reage a roubo e é morto em Florianópolis

Turista levou tiro na cabeça, na praia de Canasvieiras, na frente da família; assaltantes fugiram com o carro

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, esse foi o primeiro caso de crime com morte de visitante em dois anos


LUIZA BANDEIRA
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

DE SÃO PAULO

Um turista argentino reagiu a um assalto e foi assassinado na frente da sua família na madrugada de ontem na praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, esse foi o primeiro caso de crime com morte de turista na cidade em dois anos.
Raúl Baldo, 48, chegou à praia por volta da 0h50 e resolveu parar seu carro -um Suran, equivalente na Argentina ao SpaceFox brasileiro- para ver o mar antes de procurar hospedagem.
Sua mulher e seus dois filhos -de 11 e 14 anos- já haviam saído do veículo quando assaltantes tentaram roubar o carro dele.
Baldo percebeu a tentativa de roubo e reagiu. Um assaltante deu um tiro para o alto e um na direção do turista, que foi atingido na cabeça e morreu na hora.
Os ladrões fugiram com o carro e outros pertences da vítima. O veículo foi localizado durante a tarde e passou por perícia.
A polícia fez buscas nas redondezas para tentar localizar os criminosos, mas, até as 19h de ontem, ninguém havia sido preso.
O local em que o crime ocorreu fica próximo a um posto da Polícia Militar. Segundo a assessoria da Segurança Pública, 38 PMs faziam o policiamento de Canasvieiras no momento do assalto.
O governo do Estado informou que está prestando auxílio à família e que vai providenciar o retorno do corpo para Córboba, onde a vítima morava na Argentina.

MEDO
Turistas argentinos que estavam ontem em Canasvieiras se assustaram com notícia e cobraram segurança. De férias, as estudantes Cinthia Fusaid, 17, e Florencia Ballesteros, 18, disseram não ter visto policiais na praia.
O número de mortes violentas -que inclui homicídios, latrocínio e confronto com a polícia- vem oscilando em Florianópolis. Com 421 mil habitantes, a capital catarinense registrou o melhor índice dos últimos anos em 2009, com 80 casos. Em 2010, houve 92 mortes violentas, contra o mesmo número de 2008 e 85, em 2007.

Colaborou RACHEL BOTELHO


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