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Prefeitura diz que fiscaliza estabelecimentos
Gestão Kassab afirma que servidores fazem inspeções diárias para checar se imóveis estão cadastrados como grandes geradoras de lixo
Órgão de limpeza investiga possíveis irregularidades na fiscalização; locais que descumprem legislação têm de pagar multa de R$ 1.000
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo informou estar negociando com
os órgãos públicos que ultrapassam o limite máximo de lixo
diário permitido para que contratem uma empresa privada
que colete seus resíduos.
A administração disse ainda
contar com 32 fiscais que fazem diariamente inspeções em
estabelecimentos. A função
desses agentes é verificar documentos que comprovem que os
locais estão cadastrados na
Limpurb (Departamento de
Limpeza Urbana) como grandes geradores de lixo. Também
são vistoriados o destino dos
resíduos e se o transporte é feito por uma empresa privada.
Estabelecimentos que não tiverem cadastro, não contarem
com coleta própria ou descartarem nos caminhões municipais um volume acima do permitido, estão sujeitos a multa
de R$ 1.000. E, se a irregularidade permanecer, são aplicadas novas sanções.
Entre janeiro e agosto do ano
passado, a Limpurb afirma ter
realizado 2.250 vistorias. Segundo o órgão, é possível constatar a irregularidade em apenas uma visita, mas, se houver
dúvidas, os agentes fazem até
três vistorias no mesmo local.
A Limpurb afirma ainda que
apura possíveis irregularidades
por parte da fiscalização. Moradores vizinhos a estabelecimentos que geram muito lixo
contam que há casos em que o
proprietário paga propina aos
fiscais para não ser enquadrado
como grande produtor de lixo,
se desobrigando, assim, de contratar uma empresa de coleta.
O departamento recebe em
média, 200 notificações por
mês das concessionárias Loga e
Ecourbis sobre locais que descartam lixo acima do limite.
O Detran informou ser um
órgão misto, com departamentos municipais, e que vai verificar com a prefeitura as formas
de se adequar à legislação.
O Instituto Dante Pazzanese
informou que está em processo
de contratação de uma empresa de coleta, o que deve ocorrer
nos próximos 60 dias -até lá, a
prefeitura concordou em manter a coleta municipal.
Procurados desde anteontem pela reportagem, o Instituto Biológico e a USP não responderam sobre o assunto.
A lei não faz distinção entre
órgão públicos e privados, mas,
segundo Fabio Pierdomienico,
diretor técnico do departamento de limpeza urbana da Limpurb entre 2002 e 2004 (gestão
Marta), no caso das instâncias
municipais, vale o bom senso.
"Não faz muito sentido a prefeitura pagar por um serviço do
qual detém a concessão."
(MARIANA BARROS)
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