São Paulo, sábado, 05 de fevereiro de 2011

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Não sou filhinho de papai, afirma suspeito de agressão

Jovem de 23 anos foi indiciado sob suspeita de agredir homem em Lindoia

Rapaz diz que foram apenas brincadeiras os atos gravados por câmera na cidade do interior de São Paulo

FELIPE LUCHETE
ENVIADO ESPECIAL A LINDOIA

Um dos três jovens indiciados sob suspeita de agredir um homem na praça central de Lindoia (154 km de SP) afirmou à Folha que não é "filhinho de papai" e que tudo foi apenas brincadeira.
Na praça, moradores se mostraram surpresos com a repercussão. Vários acreditam que foi uma brincadeira, embora de mau gosto.
Diego, 23, e seus pais disseram conhecer Renato de Sousa, 36, o Carreirinha, que aparece amarrado em imagens captadas por uma câmera do sistema de monitoramento da prefeitura.
Segundo eles, o próprio Carreirinha confirmou a brincadeira, antes de dizer o contrário em depoimento. Para o pai de Diego, ele "não fala coisa com coisa" e não é morador de rua. Carreirinha não foi localizado ontem.
Diego não revelou o sobrenome. A polícia e a Secretaria de Segurança Pública não informam a identidade dos envolvidos, um deles menor.
O jovem disse que trabalha no sítio do pai. Os outros agressores são o tio dele, de 28 anos, que também trabalha em um sítio, e um adolescente, servente de pedreiro.
A família de Diego reclamou dos comentários na cidade, de que seriam "filhinhos de papai".

MONTANDO BOI
Os três indiciados estavam com outros colegas na praça após voltarem de um forró.
Na versão de Diego, Carreirinha começou a fingir que estava montando em um boi. Por isso, Diego resolveu pegar uma corda de cerca de um metro, que estava guardada no carro dele e geralmente é usada para amarrar animais do sítio do pai.
Trecho das imagens mostra que a corda foi usada para laçar os pés de Carreirinha e amarrá-lo a um poste. Para Diego, só seria agressão se eles tivessem amarrado ainda os braços do homem, impedindo-o de se mexer.
E, se o objetivo fosse esse, continua, o ato não seria feito numa praça com pessoas e câmeras como testemunha.
Diego disse ainda que, após um guarda municipal pedir o fim da "brincadeira", Carreirinha continuou conversando no local com o grupo, o que significa que ele não se sentia agredido.
As imagens confirmam que ele ficou ali e aparentam que ora foi provocado pelo grupo, ora ameaçou chutes.


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