São Paulo, domingo, 05 de março de 2000


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Grupos continuam a desfilar nos bairros

da enviada especial

Apesar de terem conseguido desfilar no horário nobre na Barra e no Campo Grande, os blocos afros não abandonaram seus bairros de origem. No fim da tarde de sexta, o Olodum deixou sua sede para subir a ladeira do Pelô, seguindo até a praça Castro Alves.
Ontem à noite, o Ilê Aiyê repetiria a cena na ladeira do Curuzu, seguindo à risca o ritual do candomblé, com liberação de pombos antes da saída dos percussionistas e banho de pipoca nos foliões (para livrar de mau olhado).
"Não é porque estamos ocupando novos espaços que abandonaremos as tradições, nossas raízes. Se quiséssemos ter transformado o Ilê num bloco de trio, teríamos feito isso anos atrás", diz Paulo Bonfim, diretor do Ilê.

Novos caminhos
Em 92, quando os afros entraram em crise com a explosão da axé music, alguns tentaram virar blocos de trio para não fechar.
O mais bem-sucedido foi o Araketu. "Respeito o caminho do Araketu, mas ainda bem que outros blocos afros como o Muzenza e o Malê de Balê resistiram com a gente", diz Bonfim.
(DF)




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