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Grupos continuam a
desfilar nos bairros
da enviada especial
Apesar de terem conseguido
desfilar no horário nobre na Barra
e no Campo Grande, os blocos
afros não abandonaram seus
bairros de origem. No fim da tarde de sexta, o Olodum deixou sua
sede para subir a ladeira do Pelô,
seguindo até a praça Castro Alves.
Ontem à noite, o Ilê Aiyê repetiria a cena na ladeira do Curuzu,
seguindo à risca o ritual do candomblé, com liberação de pombos antes da saída dos percussionistas e banho de pipoca nos foliões (para livrar de mau olhado).
"Não é porque estamos ocupando novos espaços que abandonaremos as tradições, nossas
raízes. Se quiséssemos ter transformado o Ilê num bloco de trio,
teríamos feito isso anos atrás", diz
Paulo Bonfim, diretor do Ilê.
Novos caminhos
Em 92, quando os afros entraram em crise com a explosão da
axé music, alguns tentaram virar
blocos de trio para não fechar.
O mais bem-sucedido foi o Araketu. "Respeito o caminho do
Araketu, mas ainda bem que outros blocos afros como o Muzenza
e o Malê de Balê resistiram com a
gente", diz Bonfim.
(DF)
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