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CASO TONINHO
Investigador acusado de ligação com Andinho esteve em operação que matou dois do grupo do sequestrador
Policial preso atuou em ação em Caraguá
RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS
O advogado Daniel Leon Bialski, 31, que defende o investigador
do 4º DP (Distrito Policial) de
Campinas Rogério Salum Diniz,
afirmou ontem que seu cliente
participou da ação em Caraguatatuba (litoral norte), quando quatro homens foram mortos -dois
deles integrantes da quadrilha do
sequestrador Wanderson Newton de Paula Lima, 23, o Andinho.
Diniz e o policial Eudes Trevisan, da Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro) de Campinas, foram afastados pela Polícia
Civil em dezembro por suposto
envolvimento com a quadrilha do
sequestrador. Eles estão presos.
A quadrilha também é apontada pelo DHPP (Departamento de
Homicídio e Proteção à Pessoa)
como responsável pelo assassinato do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos (PT).
O inquérito do caso de Caraguatatuba não aponta a participação
de Diniz na ação que terminou
com a morte de Alessandro Renato Pereira de Carvalho, Fábio Soares Menengrone, Valmir Conti, o
Valmirzinho, e Anderson José
Bastos, o Anso -os dois últimos
da quadrilha de Andinho.
No inquérito constam os nomes
do delegado do 4º DP, Marcos
Antônio Manfrin, do investigador
Nelson da Costa, do mesmo distrito, de Alcir Biazon Júnior, da
Deas de Campinas, de Fábio Nunes Arruda Campos, do 2º DP, e
de Sandro José da Costa, carcereiro do 4º DP. Os policiais alegam
que estavam atrás da quadrilha
que havia sequestrado E.R.R., 9.
"A participação de Diniz na
ação de Caraguatatuba é mais
uma prova de que ele não tem nada a ver com a quadrilha", afirmou o advogado do policial.
Sobre a não-inclusão do nome
de Diniz no boletim de ocorrência, o advogado do investigador
afirmou que "não há nada que determine que todos que participaram de uma diligência tenham
que registrar o nome".
A Corregedoria acredita que,
com a participação de Diniz na
ação, aumenta a possibilidade de
envolvimento dele com Andinho.
A Folha não conseguiu falar
com o delegado do 4º DP e o delegado seccional de Campinas, Osmar Porcelli. A reportagem procurou o carcereiro Sandro José da
Costa, mas ele não foi achado.
Base
O Departamento de Investigações sobre Narcóticos descobriu
ontem uma casa em Itu (SP) que
teria sido usada como base da
quadrilha de Andinho nos últimos 12 meses. O sobrado foi
abandonado pelo grupo no dia 22
de fevereiro, três dias antes de Andinho ter sido preso na mesma cidade. A polícia não encontrou
material da quadrilha no local.
Colaboraram a Folha Campinas e a Reportagem Local
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