São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007

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RIO

Em missa por franceses, favorecidos defendem ONG

MARIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

Indagado sobre quando poderá deixar de freqüentar eventos de lamento por tragédias da violência e passar ao anúncio de boas novas, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse: "Só com inclusão social vai melhorar. Quem tem solução na cartola é mágico".
Beltrame havia acabado de assistir, com centenas de pessoas, à missa na igreja São José em homenagem aos franceses assassinados na terça: o casal Delphine Claudie Douyère, 36, e Christian Pierre Doupes, 42, e o ex-marido dela, Jérôme Faure, 38.
Os três foram mortos a facadas em Copacabana. Todos se dedicavam a ações de apoio a jovens pobres por meio da ONG Terr'Ativa.
O assassino, segundo a polícia, foi um funcionário da instituição, Társio Wilson Ramires, 25, que está preso com dois homens que o teriam auxiliado.
"Ao contrário do que está nos jornais, projeto social é verdade. Eu sou fruto dele", disse a estudante de publicidade Gisele Mota, favorecida pela ONG. O professor de educação física Franklin Ferreira contou que cursou o ensino superior graças ao auxílio da Terr'Ativa.
Anteontem a Justiça concedeu a guarda provisória do menino à avó materna.
A presidente da Terr'Ativa, Ana Carolina Naves, destacou a posição da francesa morta pela aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Para Delphine, se o estatuto fosse cumprido, a maior parte dos problemas do país estaria resolvida".
Durante a missa, o secretário Beltrame chamou os três de "mártires".


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