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RIO
Em missa por franceses, favorecidos defendem ONG
MARIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO
Indagado sobre quando
poderá deixar de freqüentar
eventos de lamento por tragédias da violência e passar
ao anúncio de boas novas, o
secretário de Segurança do
Rio, José Mariano Beltrame,
disse: "Só com inclusão social vai melhorar. Quem tem
solução na cartola é mágico".
Beltrame havia acabado de
assistir, com centenas de
pessoas, à missa na igreja São
José em homenagem aos
franceses assassinados na
terça: o casal Delphine Claudie Douyère, 36, e Christian
Pierre Doupes, 42, e o ex-marido dela, Jérôme Faure, 38.
Os três foram mortos a facadas em Copacabana. Todos se dedicavam a ações de
apoio a jovens pobres por
meio da ONG Terr'Ativa.
O assassino, segundo a polícia, foi um funcionário da
instituição, Társio Wilson
Ramires, 25, que está preso
com dois homens que o teriam auxiliado.
"Ao contrário do que está
nos jornais, projeto social é
verdade. Eu sou fruto dele",
disse a estudante de publicidade Gisele Mota, favorecida
pela ONG. O professor de
educação física Franklin
Ferreira contou que cursou o
ensino superior graças ao auxílio da Terr'Ativa.
Anteontem a Justiça concedeu a guarda provisória do
menino à avó materna.
A presidente da Terr'Ativa,
Ana Carolina Naves, destacou a posição da francesa
morta pela aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Para Delphine, se
o estatuto fosse cumprido, a
maior parte dos problemas
do país estaria resolvida".
Durante a missa, o secretário Beltrame chamou os três
de "mártires".
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