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Sociólogo coordena projeto em área violenta de BH
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2002, Claudio Beato
cruzou a linha imaginária
que separa os teóricos dos
práticos da segurança pública: ele passou a coordenar o
programa Fica Vivo em uma
das áreas mais violentas de
Belo Horizonte. Em três
anos, os locais onde o Fica
Vivo atua tiveram queda de
16,8% nos homicídios, quase
o dobro do recuo na capital
mineira (9,5%).
O Fica Vivo mescla oficinas para ocupar os jovens,
policiamento inteligente
(voltado para os mais perigosos) e programas sociais.
O sucesso do Fica Vivo, diz,
deve-se a dois fatores: informação sobre a área em que
atua e foco. "O pessoal acha
que inteligência em segurança é ficar escutando conversa
de telefone. Talvez seja mais
importante saber como as
gangues funcionam, quem
são os chefes, como elas têm
uma atuação sazonal. Informação é fundamental", diz.
Foco, para ele, é escolher
um problema e atacá-lo.
"Não adianta querer resolver
os problemas da humanidade. O Fica Vivo decidiu reduzir homicídios de jovens de
14 a 20 anos. Não estou interessado em crime passional
ou por briga por terreno."
As oficinas têm de ter alvo
claro, diz. "Não adianta botar
os jovens para bater tambor,
como virou moda. A questão
é ensinar algo para inseri-lo
no mercado de trabalho."
O Fica Vivo atua em 6 comunidades de BH e 4 da região metropolitana. Desde
2003, tornou-se programa
oficial do governo de Minas.
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