São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007

Texto Anterior | Índice

Sociólogo coordena projeto em área violenta de BH

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2002, Claudio Beato cruzou a linha imaginária que separa os teóricos dos práticos da segurança pública: ele passou a coordenar o programa Fica Vivo em uma das áreas mais violentas de Belo Horizonte. Em três anos, os locais onde o Fica Vivo atua tiveram queda de 16,8% nos homicídios, quase o dobro do recuo na capital mineira (9,5%).
O Fica Vivo mescla oficinas para ocupar os jovens, policiamento inteligente (voltado para os mais perigosos) e programas sociais.
O sucesso do Fica Vivo, diz, deve-se a dois fatores: informação sobre a área em que atua e foco. "O pessoal acha que inteligência em segurança é ficar escutando conversa de telefone. Talvez seja mais importante saber como as gangues funcionam, quem são os chefes, como elas têm uma atuação sazonal. Informação é fundamental", diz.
Foco, para ele, é escolher um problema e atacá-lo. "Não adianta querer resolver os problemas da humanidade. O Fica Vivo decidiu reduzir homicídios de jovens de 14 a 20 anos. Não estou interessado em crime passional ou por briga por terreno."
As oficinas têm de ter alvo claro, diz. "Não adianta botar os jovens para bater tambor, como virou moda. A questão é ensinar algo para inseri-lo no mercado de trabalho."
O Fica Vivo atua em 6 comunidades de BH e 4 da região metropolitana. Desde 2003, tornou-se programa oficial do governo de Minas.


Texto Anterior: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.