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AM apura relação entre mortes e pulseira do sexo
Garota de 14 anos foi assassinada em motel de Manaus; pulseiras estavam arrebentadas ao lado do corpo
RODRIGO VIZEU
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil do Amazonas
investiga se há relação entre a
moda das "pulseiras do sexo" e
as mortes de duas pessoas -entre elas uma adolescente de 14
anos- em Manaus.
A Delegacia Especializada
em Proteção à Criança e ao
Adolescente informou que vai
pedir hoje à Justiça a proibição
do uso das pulseiras por menores de 18 anos no Amazonas.
As pulseiras surgiram na Inglaterra e viraram mania no
Brasil. O enfeite também pode
ser usado em um jogo: quem arrebenta o acessório recebe uma
retribuição sexual da dona da
pulseira. Se ela for roxa, vale
beijo de língua; a preta, sexo.
Na semana passada, a Justiça
de Londrina (PR) proibiu a
venda e o uso do enfeite entre
menores. A decisão foi tomada
após a Polícia Civil iniciar a investigação do caso de estupro
de uma menina de 13 anos que
usava os adereços.
As duas mortes em Manaus
foram entre a noite de sexta e a
madrugada de sábado. O primeiro caso foi de uma mulher
ainda não identificada encontrada esfaqueada no meio da
rua na periferia da cidade.
De acordo com Divanilson
Cavalcanti, delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Estado,
havia "pulseiras do sexo" partidas ao lado do corpo.
No outro caso, uma estudante de 14 anos foi encontrada
morta em um motel da periferia da cidade com as pulseiras
coloridas no braço e outras arrebentadas ao lado do corpo.
A vítima apresentava hematomas na região do pescoço. A
polícia ainda aguarda exames
para saber se a menina sofreu
violência sexual ou teve overdose por uso de drogas.
De acordo com Fernanda
Moura, funcionária do motel
onde a adolescente foi encontrada, a menina chegou em
companhia de um homem.
A funcionária disse que a estudante foi barrada na entrada
por causa da idade, mas se
aproveitou da ausência do recepcionista, mais tarde, para
entrar correndo em um quarto
seguida pelo acompanhante.
Moura disse que a menina parecia alcoolizada ou drogada.
O homem deixou o quarto e o
motel minutos depois, afirmando aos funcionários que a
garota havia tentado roubá-lo.
A menina foi achada ainda com
vida no quarto, mas não resistiu até a chegada do resgate.
A funcionária disse que não
tem detalhes sobre a identidade do suposto assassino.
O pai da menina disse que
proibia a filha de usar as pulseiras coloridas. Ele afirmou que
viu a garota pela última vez na
quinta-feira e que ela ficava
mais na casa da avó, no mesmo
bairro do motel.
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