São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011

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Brinquedo do Playcenter que feriu 8 teve pane horas antes

Funcionários que trabalhavam domingo no Double Shock revelaram a falha à polícia ontem

Segundo eles, aparelho passou por vistoria e voltou a funcionar em seguida; parque não comentou o problema

Robson Ventura/Folhapress
Brinquedo Double Shock, do Playcenter, durante perícia pelo Instituto de Criminalística

DO "AGORA"

O brinquedo Double Shock, do Playcenter, que abriu sozinho uma de suas travas e provocou ferimentos em oito pessoas no final da tarde de domingo, apresentou pane cerca de três horas antes do acidente.
De acordo com o delegado Marco Aurélio Batista, que investiga o caso, os três funcionários que operavam o brinquedo na hora do acidente relataram, em depoimento na manhã de ontem, que a pane ocorreu às 14h30 -o acidente se deu às 17h40.
Ainda segundo o delegado, os três operadores contaram também que o painel do brinquedo acendeu uma luz indicando a pane.
Na hora, relataram à polícia os funcionários do parque, o brinquedo parou e as pessoas que estavam no Double Shock desceram dele normalmente.

VISTORIA
"Eles contaram que, assim que o brinquedo parou, o responsável pela manutenção [do brinquedo] foi chamado, o equipamento passou por uma vistoria e depois voltou a funcionar", disse o delegado.
Batista afirmou que deve ouvir, hoje, o responsável pela manutenção.
O parque afirmou que não foram constatadas irregularidades em travas, sistemas de bloqueios, sinalização ou outras partes do Double Shock em simulações feitas ontem.
O Playcenter não comentou a suposta pane horas antes do acidente. Em nota, afirmou que faz manutenção diária e que presta assistência às vítimas e a seus familiares.

INTERDITADO
O brinquedo, no qual as pessoas giram 360º a uma altura de 12 m, está interditado. Três das oito pessoas feridas continuam hospitalizadas.
Daniela Aparecida Pansarin, 30, sofreu ferimentos na perna e no rosto -seu quadro ontem era considerado estável. Suzana Martins de Sousa, 20, diz a família, precisou operar uma das mãos.
Adriane Pereira Barros, 12, continuava ontem na UTI. Outras cinco vítimas foram atendidas e já liberadas.


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