São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2008

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Barco havia sido apreendido e estava clandestino

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A embarcação Comandante Sales, que naufragou ontem em Manacapuru (84 km de Manaus), estava clandestino.
Não deveria estar em operação, pois foi apreendida em janeiro. O proprietário, Francisco Sales, ficou como fiel depositário do barco e não se apresentou para regularizar a situação na Capitania dos Portos de Manaus. "Se o barco não estava autorizado a navegar, a viagem era clandestina", afirmou o capitão-tenente Raimundo Lenilton de Araújo, do 9º Distrito Naval da Marinha.
Um inquérito administrativo foi instaurado, segundo a Marinha, para apurar as causas do acidente, com prazo de 90 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por até um ano.
Além do proprietário, o condutor e a tripulação também podem ser responsabilizados. Segundo a Marinha, será considerado um agravante no inquérito o fato de o proprietário ter navegado com barco que já fora apreendido por irregularidade.
Excesso de passageiros, colisões e falta de fiscalização são as principais causas de acidentes com barcos nos rios da Amazônia. Segundo a Marinha, 26 mil embarcações estão regularizadas na Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, e outras 5.000 são clandestinas.
Antônio Rudstein Ramos da Silva, 41, perdeu dois familiares quando o barco Almirante Monteiro afundou, em fevereiro, no rio Amazonas, em Itacoatiara (90 km de Manaus). Morreram 15 pessoas. "Ninguém é preso e a dor da família nunca passa", disse. (KB)


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