|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Barco havia sido apreendido e estava clandestino
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A embarcação Comandante
Sales, que naufragou ontem em
Manacapuru (84 km de Manaus), estava clandestino.
Não deveria estar em operação, pois foi apreendida em janeiro. O proprietário, Francisco Sales, ficou como fiel depositário do barco e não se apresentou para regularizar a situação
na Capitania dos Portos de Manaus. "Se o barco não estava autorizado a navegar, a viagem
era clandestina", afirmou o capitão-tenente Raimundo Lenilton de Araújo, do 9º Distrito
Naval da Marinha.
Um inquérito administrativo
foi instaurado, segundo a Marinha, para apurar as causas do
acidente, com prazo de 90 dias
para ser concluído, podendo
ser prorrogado por até um ano.
Além do proprietário, o condutor e a tripulação também
podem ser responsabilizados.
Segundo a Marinha, será considerado um agravante no inquérito o fato de o proprietário ter
navegado com barco que já fora
apreendido por irregularidade.
Excesso de passageiros, colisões e falta de fiscalização são
as principais causas de acidentes com barcos nos rios da
Amazônia. Segundo a Marinha,
26 mil embarcações estão regularizadas na Capitania Fluvial
da Amazônia Ocidental, e outras 5.000 são clandestinas.
Antônio Rudstein Ramos da
Silva, 41, perdeu dois familiares
quando o barco Almirante
Monteiro afundou, em fevereiro, no rio Amazonas, em Itacoatiara (90 km de Manaus).
Morreram 15 pessoas. "Ninguém é preso e a dor da família
nunca passa", disse.
(KB)
Texto Anterior: Naufrágio mata 15 pessoas no Amazonas Próximo Texto: "Nadei muito e me salvei", diz sobrevivente Índice
|