|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
EUA deportam acusado de torturar presos
Ex-agente penitenciário é suspeito de agressões após rebelião em presídio de Minas
NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO
Um homem procurado pela Justiça sob acusação de
torturar prisioneiros em uma
penitenciária de Minas Gerais em 2003 foi deportado
dos EUA para o Brasil e preso
na última semana.
O ex-agente penitenciário
Hélio Nogueira Santos, 44,
estava ilegalmente nos EUA.
Ele é suspeito, com outros
funcionários, de torturar presos após rebelião na penitenciária Francisco Floriano de
Paula, em Governador Valadares (316 km de Belo Horizonte). A suspeita é que tenha deixado o país em 2004.
Segundo a Polícia Federal,
Santos chegou ao país no dia
27 de abril, pelo aeroporto de
Guarulhos, onde foi escoltado pelo plantão policial para
cumprimento de mandado
de prisão preventiva. O destino dele não foi informado.
O advogado de Santos diz
que ele deve ser levado para
o Presídio Regional de Governador Valadares. Até ontem,
ele não estava em nenhuma
unidade prisional de Minas
Gerais, segundo a Secretaria
da Defesa Social do Estado.
O caso de tortura dos prisioneiros em MG gerou repercussão entre entidades de direitos humanos na época.
Entre as vítimas, está Fabrício Martins Rodrigues,
que tinha 19 anos. Segundo a
mãe do rapaz, Rosa Maria
Martins, o jovem foi espancado e ferido na cabeça com um
bastão. Ele entrou em coma e
morreu sete dias depois.
Rosa Maria diz que o filho
se recuperava de uma operação no joelho, problema
oriundo de outra agressão
por policiais, e nem sequer tinha participado do tumulto.
Para o advogado Antonio
Alves, que defende Santos, o
ex-agente também foi vítima.
"Não foi ele sozinho quem
fez aquilo. Os companheiros
colocaram a culpa nele."
De acordo com Alves, Santos estava em serviço no dia e
ajudou a conter a rebelião,
mas não participou de todas
as agressões citadas.
Texto Anterior: Drogas: PM do Rio faz uma de suas maiores apreensões de crack Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros
|