ALESSANDRO SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os valores dos pedágios de São Paulo vão ser reajustados em 11,05% a partir da meia-noite do próximo dia 1º de julho.
A correção vale para as 81 praças de cobrança em rodovias estaduais, incluindo os trechos administrados por concessionárias.
O índice corresponde ao IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, do período de junho de 2000 a maio deste ano.
Julho é o tradicional mês de reajuste, conforme prevê o contrato assinado pelo governo do Estado com as 12 empresas privadas que administram estradas. As 13 praças, ainda do Estado, também são afetadas pela correção.
É o terceiro aumento desde o início do Programa de Concessões de Estradas, em 98, que acabou triplicando o número de pedágios desde então. Nesse período, a tarifa subiu 33,01%.
O IGP-M é o índice mais usado no mercado financeiro por reunir vários indicadores da economia. É também o mais criticado por empresários do setor de transporte, por ser o mais vulnerável a mudanças, sujeito às variações do dólar, às alterações dos preços de atacado, da construção civil e do custo de vida.
O motorista que, por exemplo, percorria um trecho de 600 km, de Ribeirão Preto, no interior, a São Paulo, pagará R$ 4,11 a mais por viagem, ida e volta. O percurso todo deve sair por R$ 41,31.
Isso vale somente para carros de passeio, porque veículos de carga pagam por eixo.
No mesmo trecho, o impacto no setor de transportes, que é um dos principais corredores de escoamento de cargas do Estado, será de até 3%, de acordo com estimativas feitas por empresários.
O total pago em pedágios entre Ribeirão Preto e São Paulo, em média, representa 25% do valor do frete, segundo estimativa da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado.
A Secretaria de Estado dos Transportes ainda irá publicar no ""Diário Oficial" a tabela com os novos preços, por rodovias, até a semana que vem.
O maior valor de pedágio passa a ser agora de aproximadamente R$ 6,00, cobrado em rodovias maiores e mais importantes, como a Anhanguera, a Washington Luís e a Bandeirantes. Hoje, antes do aumento, é de R$ 5,40.
O preço final depende ainda dos critérios de arredondamento, previstos nos contratos. Há compensações a serem feitas em relação a 2000, informou ontem a Comissão de Concessões do Estado.


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