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Teria outro meio de anular multas, diz Costa Filho
DA REPORTAGEM LOCAL
O procurador Oscar Costa
Filho nega ser motivado por
interesses pessoais em seu
combate aos radares e diz
que, se tivesse a intenção de
anular suas multas e as dos
filhos, teria outros meios.
"Não preciso usar esse tipo
de instrumento para me vingar ou me beneficiar. Se eu
quisesse cancelar, usaria
meu prestígio e faria tráfico
de influência, como muita
gente", diz ele, em referência
a "autoridades e políticos".
Costa Filho citou dezenas
de cancelamentos irregulares de infrações feitos em
2004 pelo órgão que analisa
os recursos dos motoristas.
"Só num dia de dezembro de
2004, foram mais de R$ 10
mil. É tudo gente com influência", afirma ele.
O procurador diz que não
cometeu todas as multas listadas em carros de sua propriedade até porque não conseguiria "dirigir tanto assim". "Não tomei todas essas
multas que estão aí. Mas
também não sou isento. Hoje
em dia quase não dirijo",
afirma, em referência ao fato
de andar com policiais federais devido às ameaças que
passou a sofrer após denunciar um grupo de extermínio.
"Usam isso para tentar me
desqualificar. Como todo cidadão, eu cometo falhas. Mas
nunca me envolvi em acidentes de trânsito. E passei a vida trabalhando para a coletividade", diz Costa Filho.
Em relação aos 46 pontos
na carteira, ele diz que não tinha conhecimento da situação e que mantém sua habilitação porque não recebeu
nenhuma notificação do Detran nem para se defender.
As infrações que totalizam
esses pontos, diz, são de carros usados por seus filhos.
(AI)
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