São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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Teria outro meio de anular multas, diz Costa Filho

DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador Oscar Costa Filho nega ser motivado por interesses pessoais em seu combate aos radares e diz que, se tivesse a intenção de anular suas multas e as dos filhos, teria outros meios.
"Não preciso usar esse tipo de instrumento para me vingar ou me beneficiar. Se eu quisesse cancelar, usaria meu prestígio e faria tráfico de influência, como muita gente", diz ele, em referência a "autoridades e políticos".
Costa Filho citou dezenas de cancelamentos irregulares de infrações feitos em 2004 pelo órgão que analisa os recursos dos motoristas. "Só num dia de dezembro de 2004, foram mais de R$ 10 mil. É tudo gente com influência", afirma ele.
O procurador diz que não cometeu todas as multas listadas em carros de sua propriedade até porque não conseguiria "dirigir tanto assim". "Não tomei todas essas multas que estão aí. Mas também não sou isento. Hoje em dia quase não dirijo", afirma, em referência ao fato de andar com policiais federais devido às ameaças que passou a sofrer após denunciar um grupo de extermínio.
"Usam isso para tentar me desqualificar. Como todo cidadão, eu cometo falhas. Mas nunca me envolvi em acidentes de trânsito. E passei a vida trabalhando para a coletividade", diz Costa Filho.
Em relação aos 46 pontos na carteira, ele diz que não tinha conhecimento da situação e que mantém sua habilitação porque não recebeu nenhuma notificação do Detran nem para se defender. As infrações que totalizam esses pontos, diz, são de carros usados por seus filhos. (AI)


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