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Para especialistas, avanço da zona azul é positivo
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas em trânsito ouvidos pela reportagem consideram o avanço da zona azul positivo para a cidade de São Paulo.
Na opinião de Aílton Brasiliense Pires, presidente da comissão de trânsito da ANTP
(Associação Nacional dos
Transportes Públicos), por
meio da cobrança, as 32 mil vagas com zona azul se multiplicam por dez, já que há maior rotatividade de veículos.
A cobrança para estacionar
nas vias também é uma forma
de racionalizar o espaço público, diz o ex-diretor do Denatran
(Departamento Nacional de
Trânsito). "Sou totalmente favorável. Facilita o comércio e é
bom para a área de serviços."
Luiz Célio Bottura, consultor
em engenharia urbana e transporte e ex-presidente da Dersa
(Desenvolvimento Rodoviário
S.A.), concorda que há uma democratização do espaço com a
zona azul. "Senão, quem chega
primeiro leva vantagem."
Entretanto, ele pondera que,
pelo fato de ficar mais fácil para
estacionar, a zona azul incentiva mais viagens de carro -justamente no momento em que
os veículos são apontados como os maiores vilões da poluição do ar na capital.
Se por um lado Bottura defende a ampliação da zona azul
para acompanhar a dinâmica
da cidade, por outro ele considera que o ideal seria criar mais
estacionamentos em áreas privadas. "O espaço público deve
ter outra finalidade", afirma.
O consultor não vê grande diferença entre a cobrança da zona azul manual ou eletrônica.
Ele avalia que o talão ou folha é
bastante eficiente. "Foi uma
solução muito inteligente."
Todavia, ele afirma que uma
modernização do processo
"não é má".
Apesar de especialistas serem favoráveis, motoristas não
vêem a cobrança com a mesma
simpatia. Quando a zona azul
foi implantada no parque Ibirapuera, em fevereiro deste ano,
freqüentadores chegaram a fazer protesto e abaixo-assinado
contra a medida.
(AB)
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