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TJ condena Pitta a devolver R$ 1,3 mi
Justiça ordena ressarcimento de prefeitura por propaganda irregular do "4º turno do PAS [Plano de Atendimento à Saúde]"
Além do ex-prefeito Celso Pitta, foram condenados o ex-secretário da Comunicação Social Antenor Braido e o publicitário Duda Mendonça
COLABORAÇÃO PARA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Justiça de São
Paulo condenou o ex-prefeito
Celso Pitta (PTB), o ex-secretário da Comunicação Social Antenor Braido, o publicitário Duda Mendonça e parte de sua
equipe a devolverem R$ 1,3 milhão à Prefeitura de São Paulo.
Eles são acusados de ter feito
propaganda irregularmente do
"quarto turno do PAS [Plano de
Atendimento à Saúde]".
A publicidade, que começou
em 8 de agosto de 1998, anunciava que o horário de atendimento do programa de saúde
da prefeitura seria ampliado,
incluindo o período das 19h às
22h. Porém, em 12 de janeiro de
1999, cinco meses após o início
da propaganda, a medida foi
suspensa.
A Justiça considerou como
gasto abusivo o R$ 1,3 milhão
destinado à propaganda, valor
superior aos R$ 873 mil gastos
com o "quarto turno".
O PAS foi criado na gestão de
Paulo Maluf (PP), padrinho político de Pitta e que, em agosto,
estava em campanha para o governo do Estado. Maluf foi citado na denúncia, mas não está
entre os condenados.
Pitta afirmou que a programa
do PAS no período eleitoral não
passou de coincidência. "Essa é
uma associação indevida."
O ex-prefeito disse que já recorreu da decisão. Para ele,
"não houve nenhum ato de improbidade na divulgação de um
fato que a opinião pública precisava ter conhecimento".
A reportagem não conseguiu
contato com Duda Mendonça,
responsável pela propaganda.
Essa é a segunda vez que Pitta é condenado a devolver dinheiro à prefeitura neste ano.
Em fevereiro, ele foi condenado nas esferas cível e penal por
supostas irregularidades no
"escândalo dos precatórios".
A operação envolveu a emissão de títulos para o pagamento
de dívidas judiciais quando Pitta era secretário de Finanças na
gestão de Maluf na prefeitura.
A Justiça determinou a devolução de R$ 30 milhões. Pitta já
recorreu das duas decisões.
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