São Paulo, domingo, 05 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo. Frevo, tradicional restaurante dos Jardins, pode fechar Prédio de seis andares na rua Oscar Freire, onde está instalado desde 1956, foi vendido a grupo estrangeiro História do Frevo, frequentado por muitos VIPs, será contada em livro escrito por Ignácio de Loyola Brandão VANESSA CORREA DE SÃO PAULO Os amantes do Frevo estão preocupados com a venda do prédio em que o restaurante está desde 1956. Em tempos de boom imobiliário, um imóvel de seis andares na valorizada esquina da rua Oscar Freire com a Augusta parece fora de lugar. Roberto Frizzo, dono do Frevo e vice-presidente de futebol do Palmeiras, diz que não sabe o que o novo proprietário, um grupo estrangeiro, pretende fazer no local. "E se o comprador quiser desalojar a gente?". O certo é que não será sem protestos que o tradicional ponto de encontro vai fechar as portas depois de 45 anos de chope e beirutes na madrugada dos Jardins. Quando o restaurante foi reformado para voltar a ter o piso original, os clientes paravam para fiscalizar se nada ia ser descaracterizado, conta Roberto. "Eu costumo falar que não sou o dono, sou apenas o curador do Frevo." Frequentadores ficam assustados com a possibilidade de fechamento. "Não dá para fechar. É um lugar que eu amo", diz a apresentadora Adriane Galisteu, que ia ao Frevo com Ayrton Senna. "Imagine fechar! O Frevinho é tradicional demais. É impossível não vir aqui pelo menos uma vez por semana tomar um chope", diz Floriano Pereira, 34, cabeleireiro. Otávio Silveira, 40, garçom no lugar há 17 anos, já atendeu famosos como Malu Mader e Bruna Lombardi. "Falam que os outros Frevos [rua Augusta e Shopping Iguatemi] não são iguais a esse. Seria uma pena sair." O Frevo tem tanta história para contar que vai virar livro. O texto, que já está pronto, foi escrito por Ignácio de Loyola Brandão, outro frequentador do lugar. Agora, Roberto faz a revisão das informações da obra. "O livro vai contar as histórias de quem vinha namorar aqui e hoje vem com netos", conta Roberto, que se diz determinado em manter o Frevo na vida dos paulistanos. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Depoimento: É um lugar que nunca mudou; vivi muitos bons momentos ali Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.