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Cidade teve onda de sequestros relâmpago
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha Campinas
O assassinato da advogada Patrícia Aggio Longo, 27, assustou os
moradores de Atibaia. De acordo
com o agente policial Eduardo Bezerra, nas duas semanas aconteceram dez sequestros relâmpago na
cidade.
"A onda de violência está invadindo a cidade", disse. O advogado Sálvio de Almeida, 32, amigo
da vítima, ficou chocado com o
crime. "É difícil acreditar que isso
tenha acontecido. Ela era nova e
tinha uma vida pela frente", afirmou o advogado.
O delegado-titular do SIG (Setor
de Investigações Gerais), Fernão
Dias da Silva Leme, 33, que é amigo do casal e investiga o caso, afirmou que a população ficou assustada porque não está acostumada
a crimes tão violentos.
"Quando me avisaram, pensei
que se tratasse de mais um roubo
de carro com sequestro relâmpago. Não existe explicação razoável
para justificar o assassinato", afirmou.
A maioria dos crimes ocorridos
em Atibaia, segundo ele, estão ligados a quadrilhas da região de
Campinas (99 km a noroeste de
São Paulo).
Fernão Dias
"Com a duplicação da rodovia
Fernão Dias, a cidade saiu perdendo. A entrada de quadrilhas e as
fugas ficaram facilitadas e a cidade
perdeu a tranquilidade", disse o
delegado.
Para Eger Aggio Longo, irmão
da vítima, o assassinato não tem
explicação.
"Quando Patrícia e Igor se casaram, há um ano, eles decidiram
morar em Atibaia porque queriam
tranquilidade. Tinham medo da
violência de São Paulo", afirmou
Longo.
Segundo ele, o crime abalou a família. "Ela estava grávida e eles
teriam o seu primeiro filho", afirmou o irmão da vítima.
Reação
O advogado Henrique Ferreira
da Silva, 57, pai do promotor, afirmou que está assustado com a violência do crime.
"Acredito que ela tenha reagido.
Ela era uma moça muito boa, mas
também muito decidida. Sei que a
família e principalmente meu filho
estão desesperados", afirmou o
advogado.
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