São Paulo, sábado, 05 de julho de 2008

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Sobe para 30 o nº de bebês mortos em Santa Casa do PA

As 6 mortes desta semana estão na média mensal, diz a presidente do hospital

Uma das causas dos óbitos foi a superlotação do hospital, segundo o Ministério Público; entre 20 e 27 de junho, ao menos 24 bebês morreram


JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Outros seis bebês morreram, nesta semana, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Belém (PA). Com isso, o total de mortes desde o dia 20 de junho sobe para 30.
"Foram recém-nascidos, não houve nenhum natimorto nesta semana", afirmou Silvia Cumaru, presidente interina da instituição. "Mas está dentro da nossa média mensal, cerca de um por dia ou um a cada dois dias." Ela não soube precisar em quais dias da semana cada uma das crianças morreu.
No hospital estadual, morreram ao menos 24 bebês entre os dias 20 e 27 de junho. Segundo o governo, médicos que trabalham na maternidade e o Ministério Público, a superlotação foi uma das causas dos óbitos ocorridos nas última semanas.

Reunião com prefeitos
Prefeitos de dez municípios da região metropolitana de Belém se reuniram ontem com integrantes da Secretaria Estadual da Saúde para discutir maneiras de reduzir o número de gestantes que o local recebe.
A idéia discutida com os prefeitos foi a de como fazer com que as grávidas que chegam do interior do Estado tenham um atendimento inicial em alguma unidade de saúde dos municípios de onde vêm.
Assim, seriam evitados casos que podem ser tratados em seus locais de origem, evitando envio automático à Santa Casa. Em situações mais graves, seria feito um pré-atendimento.
Como a Santa Casa tem o maior setor de neonatologia do Estado, boa parte de suas pacientes vem de fora de Belém.
Após a reunião, ficou acertada a compra de duas ambulâncias, que ficariam na capital do Estado mas circulariam nas cidades próximas para poder buscar pacientes.
Foi também discutida a criação de cursos para o aperfeiçoamento de profissionais de saúde, como enfermeiros, que seriam treinados para dar assistência básica a recém-nascidos mesmo sem serem médicos neonatologistas, uma vez que falta mão-de-obra especializada no Pará. O dinheiro deve vir de uma parceria do governo com o Ministério da Saúde.


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