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Sobe para 30 o nº de bebês mortos em Santa Casa do PA
As 6 mortes desta semana estão na média mensal, diz a presidente do hospital
Uma das causas dos óbitos foi a superlotação do hospital, segundo o Ministério Público; entre 20 e 27 de junho, ao menos 24 bebês morreram
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Outros seis bebês morreram,
nesta semana, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da
Santa Casa de Belém (PA). Com
isso, o total de mortes desde o
dia 20 de junho sobe para 30.
"Foram recém-nascidos, não
houve nenhum natimorto nesta semana", afirmou Silvia Cumaru, presidente interina da
instituição. "Mas está dentro
da nossa média mensal, cerca
de um por dia ou um a cada dois
dias." Ela não soube precisar
em quais dias da semana cada
uma das crianças morreu.
No hospital estadual, morreram ao menos 24 bebês entre
os dias 20 e 27 de junho. Segundo o governo, médicos que trabalham na maternidade e o Ministério Público, a superlotação
foi uma das causas dos óbitos
ocorridos nas última semanas.
Reunião com prefeitos
Prefeitos de dez municípios
da região metropolitana de Belém se reuniram ontem com integrantes da Secretaria Estadual da Saúde para discutir maneiras de reduzir o número de
gestantes que o local recebe.
A idéia discutida com os prefeitos foi a de como fazer com
que as grávidas que chegam do
interior do Estado tenham um
atendimento inicial em alguma
unidade de saúde dos municípios de onde vêm.
Assim, seriam evitados casos
que podem ser tratados em
seus locais de origem, evitando
envio automático à Santa Casa.
Em situações mais graves, seria
feito um pré-atendimento.
Como a Santa Casa tem o
maior setor de neonatologia do
Estado, boa parte de suas pacientes vem de fora de Belém.
Após a reunião, ficou acertada a compra de duas ambulâncias, que ficariam na capital do
Estado mas circulariam nas cidades próximas para poder
buscar pacientes.
Foi também discutida a criação de cursos para o aperfeiçoamento de profissionais de saúde, como enfermeiros, que seriam treinados para dar assistência básica a recém-nascidos
mesmo sem serem médicos
neonatologistas, uma vez que
falta mão-de-obra especializada no Pará. O dinheiro deve vir
de uma parceria do governo
com o Ministério da Saúde.
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