ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pouco importava para Laudo José Paroni o número de feriados num ano. Para ele, não havia muita distinção entre os dias. "A imagem que tenho do meu pai é ele trabalhando no sábado, no domingo, na Páscoa e no Natal", diz o filho Laudo Júnior.
Assim, os filhos cresceram desestimulados a seguir a profissão do pai, que, rapaz formado em direito em MG, foi ser jornalista na vida.
Antes de exercer o ofício, porém, passou pela experiência de dar aulas num cursinho, até que, no início dos anos 60, entrou para o "Diário da Noite", empresa dos Diários Associados. Do jornalismo, não mais se livrou.
Entre o fim da década de 60 e o início da de 70, Laudo integrou a equipe do jornal "Notícias Populares", que circulou de 1963 a 2001 e se notabilizou por seu apelo sensacionalista. Foi chefe de reportagem e editor.
O jornalista Renato Lombardi lembra: "Laudo era brilhante, tinha um texto excelente. Quando trabalhou no "NP", apenas a manchete era chamativa. Os textos eram sérios e bem escritos".
Palmeirense, foi ainda assessor do Corinthians e da Portuguesa, segundo Júnior, que o descreve como um "pesquisador nato". Fez um livro sobre a Vila Guilherme (zona norte de SP), não publicado, e tinha um projeto de livro sobre o Pari (centro).
Morreu na quinta (18), uma semana após fazer 70 anos, vítima de um infarto.
Deixa dois filhos e quatro netos. Sua missa de 30º dia, ainda não marcada, deverá ser na próxima semana, na igreja de Santo Antônio do Pari, onde foi batizado e se casou.

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