São Paulo, segunda-feira, 05 de agosto de 2002

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Trajeto menor terá preço reduzido

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo modelo divide a cidade em linhas estruturais -que serão operadas pelas empresas de ônibus e ligarão os bairros ao centro, com tarifa de R$ 1,40- e linhas locais -que serão operadas por perueiros e motoristas autônomos, que farão trajetos curtos nos bairros, cobrando R$ 1.
No centro expandido, as linhas de trajeto curto também serão de responsabilidade das viações, com tarifa próxima de R$ 1,40.
O objetivo é fazer das linhas estruturais grandes corredores de ônibus, com uma função semelhante à do metrô -fazer um transporte com mais velocidade, menos desvios e interferências.
As linhas locais serão operadas por veículos mais ágeis -miniônibus e microônibus, que, em dois anos, substituirão todas as peruas e vans. Elas têm duas funções: levar os passageiros da porta da casa até as linhas estruturais; transportar quem se desloca a pé, em pequenas distâncias, para evitar pagar uma tarifa de R$ 1,40.
O objetivo é que esse sistema integrado dê mais rapidez ao transporte. Ele fracassa, porém, se não houver confiabilidade nos horários dos ônibus e das lotações.
Pesquisa encomendada pela Secretaria dos Transportes mostrou que os paulistanos perdem, em média, 42% de seu tempo de deslocamento por dia com a caminhada ao ponto -16 minutos, no total da ida e da volta- e a espera pelo ônibus -33 minutos.
As baldeações podem ser um problema para os usuários se os intervalos dos veículos não forem reduzidos, diminuindo a espera no ponto, ou se os horários das viagens não forem cumpridos.
A promessa do governo Marta é que as linhas locais servirão exatamente para reduzir a caminhada ao ponto -ninguém vai andar mais de 500 metros para pegar um ônibus, diz Carlos Zarattini.
Serão construídos 28 novos terminais de ônibus municipais -atualmente existem 14- e 300 estações de transferência -pontos de ônibus sofisticados, com bancos, cobertura e iluminação.
Por causa das baldeações, a proposta da administração petista estabelece que a tarifa de R$ 1,40 -valor atual, podendo sofrer correção inflacionária até julho de 2003- permitirá até duas integrações, sem acréscimo do custo e desde que não seja ida e volta.
Haverá ainda uma tarifa integrada, em torno de R$ 2,00, que permitirá integrações livres no período de duas horas. (AI)


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