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ALVO CIVIL
Policial prestou depoimento ontem à corregedoria
Sargento admite chacina no ABC, mas diz não saber motivo do crime
ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"
O sargento Ricardo Silva Santos,
40 anos, preso acusado de matar
três pessoas da mesma família em
Diadema (ABC), no dia 4 de julho, assumiu ontem, em depoimento à Corregedoria da PM, que
atirou contra as vítimas, mas disse
"não saber o motivo".
Santos, lotado no 24º Batalhão
da PM, em Diadema, se entregou
à corregedoria da corporação três
dias depois do crime. Ele estava
internado em um hospital de São
Vicente (74 km de SP), devido a
uma crise gástrica. O policial é
acusado de matar a tiros a faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e
seus dois filhos -o desempregado Eduardo Rodrigues Francisco,
24, e Fábio Rodrigues Francisco,
15, no Jardim Portinari. Nenhuma
das vítimas teria oferecido resistência, segundo o relato de testemunhas ouvidas pela Corregedoria da PM e também pelo promotor que cuida do caso, Carlos Cesar de Farias Bernardi.
Atualmente, dez armas, entre as
quais as particulares dos sete policiais militares presos pelo crime,
são periciadas para que fique
comprovado ou não que Santos
foi o único a disparar contra as
três vítimas. Outros cinco soldados do mesmo batalhão do sargento estariam ao lado do acusado no momento do crime. O promotor deve denunciá-los por
omissão, ou seja, por não terem
tentado evitar as mortes.
No próximo domingo, os vizinhos da família morta no Jardim
Portinari, periferia de Diadema,
farão um novo protesto contra a
chacina, para lembrar o primeiro
mês do crime.
Colaborou a Redação
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