São Paulo, sexta-feira, 05 de agosto de 2005

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ALVO CIVIL

Policial prestou depoimento ontem à corregedoria

Sargento admite chacina no ABC, mas diz não saber motivo do crime

ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"

O sargento Ricardo Silva Santos, 40 anos, preso acusado de matar três pessoas da mesma família em Diadema (ABC), no dia 4 de julho, assumiu ontem, em depoimento à Corregedoria da PM, que atirou contra as vítimas, mas disse "não saber o motivo".
Santos, lotado no 24º Batalhão da PM, em Diadema, se entregou à corregedoria da corporação três dias depois do crime. Ele estava internado em um hospital de São Vicente (74 km de SP), devido a uma crise gástrica. O policial é acusado de matar a tiros a faxineira Tereza Rodrigues Farias, 48, e seus dois filhos -o desempregado Eduardo Rodrigues Francisco, 24, e Fábio Rodrigues Francisco, 15, no Jardim Portinari. Nenhuma das vítimas teria oferecido resistência, segundo o relato de testemunhas ouvidas pela Corregedoria da PM e também pelo promotor que cuida do caso, Carlos Cesar de Farias Bernardi.
Atualmente, dez armas, entre as quais as particulares dos sete policiais militares presos pelo crime, são periciadas para que fique comprovado ou não que Santos foi o único a disparar contra as três vítimas. Outros cinco soldados do mesmo batalhão do sargento estariam ao lado do acusado no momento do crime. O promotor deve denunciá-los por omissão, ou seja, por não terem tentado evitar as mortes.
No próximo domingo, os vizinhos da família morta no Jardim Portinari, periferia de Diadema, farão um novo protesto contra a chacina, para lembrar o primeiro mês do crime.


Colaborou a Redação

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