São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Outro lado

Ministério diz que aumentou oferta de diálise

DA REPORTAGEM LOCAL

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que tem prestado assistência integral aos portadores de insuficiência renal crônica e que a oferta de hemodiálise cresce no país. A pasta não respondeu às perguntas enviadas pela Folha sobre a precariedade dos atendimentos por falta de vagas.
Segundo o ministério, nos últimos quatro anos o número de serviços habilitados à realização de hemodiálise passou de 484 (2004) para 623 (2008). Em relação aos investimentos, passaram de R$ 600 milhões (2000) para R$ 1,3 bilhão (2007).
O ministério reforça ainda o aumento de pacientes atendidos: de 62.906 (2005) para 68.019 (2007). Segundo a pasta, entre 2002 e 2007, 12 mil pessoas deixaram de fazer hemodiálise porque fizeram transplante.
"O investimento do governo federal não impede que os gestores do SUS nos Estados e nas cidades estabeleçam medidas para melhorar o atendimento e o acesso dos pacientes renais nas redes estaduais de nefrologia, bem como medidas de prevenção à doença renal", informou.
Segundo o presidente da SBN, Jocemir Lugon, a falta de vagas é motivada pela má remuneração dos procedimentos, por tetos financeiros abaixo da demanda e por atrasos de pagamentos do SUS por meio dos gestores.
Para ele, a situação das clínicas de hemodiálise é dramática. "Estamos devendo milhões de reais em empréstimos consignados, impostos e salários, bem como em equipamentos e insumos para os fornecedores."
Amanhã, a SBN se reúne com o Ministério da Saúde para discutir a crise no setor.


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