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Outro lado
Ministério diz que aumentou oferta de diálise
DA REPORTAGEM LOCAL
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que
tem prestado assistência integral aos portadores de insuficiência renal crônica e
que a oferta de hemodiálise
cresce no país. A pasta não
respondeu às perguntas enviadas pela Folha sobre a
precariedade dos atendimentos por falta de vagas.
Segundo o ministério, nos
últimos quatro anos o número de serviços habilitados à
realização de hemodiálise
passou de 484 (2004) para
623 (2008). Em relação aos
investimentos, passaram de
R$ 600 milhões (2000) para
R$ 1,3 bilhão (2007).
O ministério reforça ainda
o aumento de pacientes
atendidos: de 62.906 (2005)
para 68.019 (2007). Segundo
a pasta, entre 2002 e 2007,
12 mil pessoas deixaram de
fazer hemodiálise porque fizeram transplante.
"O investimento do governo federal não impede que
os gestores do SUS nos Estados e nas cidades estabeleçam medidas para melhorar
o atendimento e o acesso dos
pacientes renais nas redes
estaduais de nefrologia, bem
como medidas de prevenção
à doença renal", informou.
Segundo o presidente da
SBN, Jocemir Lugon, a falta
de vagas é motivada pela má
remuneração dos procedimentos, por tetos financeiros abaixo da demanda e por
atrasos de pagamentos do
SUS por meio dos gestores.
Para ele, a situação das clínicas de hemodiálise é dramática. "Estamos devendo
milhões de reais em empréstimos consignados, impostos
e salários, bem como em
equipamentos e insumos para os fornecedores."
Amanhã, a SBN se reúne
com o Ministério da Saúde
para discutir a crise no setor.
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