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Câmara de SP quer vetar skate sobre as calçadas
Proibição é aprovada, mas precisa de 2ª votação e da sanção de Kassab
Ideia do tucano Adolfo
Quintas surgiu após críticas de moradores; "Arquitetura da cidade atrai", afirma skatista
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
Cena comum em centros
urbanos, as manobras de
skatistas que utilizam as calçadas e o mobiliário urbano
como rampas podem se tornar ilegais em São Paulo.
A Câmara Municipal aprovou ontem projeto proibindo
usar skate nas calçadas, sob
pena de multa de R$ 95, que
dobra para os reincidentes.
O projeto precisa passar
por uma segunda votação
antes de ir ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), que pode
sancioná-lo ou vetá-lo.
A iniciativa de Adolfo
Quintas (PSDB) foi motivada
pelo "grande número de reclamações" de moradores de
áreas onde a prática se popularizou, principalmente da
região da avenida Paulista.
É o que diz Samuel Santos,
chefe de gabinete do vereador. "Da forma esportiva como ele [skate] é utilizado, põe
em risco a integridade das
pessoas, principalmente as
mais velhas, nas calçadas."
Outro problema, diz, é o
barulho causado pelo choque das pranchas no chão ou
em algum móvel urbano.
ATRAÇÃO
"O que mais atrai o skatista é a relação com a arquitetura da cidade", afirma o praticante Lucas Pexão, 31.
Ele é curador da mostra
"Transfer", que vai até 12 de
setembro no parque Ibirapuera com o objetivo de mostrar a interação com a cidade
de expressões como o skate,
o punk, o hip-hop e o grafite.
Para ele, as pistas destinadas à prática do esporte são
poucas e não atraem. "A pista não se relaciona com a arquitetura da cidade e com a
estética do esporte", afirma.
Segundo Pexão, andar de
skate na Paulista ou no vale
do Anhangabaú, por exemplo, é um atrativo inclusive
de potencial turístico, que
atrai skatistas do exterior.
Ele diz que outras cidades,
como Barcelona, são mais
progressistas em relação ao
tema. "Em frente ao MacBa
[Museu de Arte Contemporânea de Barcelona], por exemplo, o skate é permitido e
atrai gente do mundo todo."
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