São Paulo, sexta-feira, 05 de agosto de 2011

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FOCO

Antigo reduto da boemia carioca, praça Tiradentes é revitalizada

DIANA BRITO
DO RIO

Após quase um ano e meio de obras, a praça Tiradentes, antigo reduto da boêmia no Rio, será reinaugurada amanhã. Ali está a primeira estátua do Brasil, de 1862: Dom Pedro 1º num cavalo.
A Prefeitura do Rio investiu R$ 3,2 milhões na recuperação. O gradil que cercava o espaço foi retirado e foram reformados 31 postes de luz e instalados mais 129.
Os pontos de ônibus foram transferidos e as calçadas até as ruas da Carioca e Sete de Setembro foram alargadas. O trabalho considerou a antiga arquitetura local. A pedra portuguesa foi mantida.
A festa de inauguração, que se estenderá pelo fim de semana, terá bailes de Carnavais antigos. Segundo a carnavalesca Rosa Magalhães, da equipe do evento, a ideia é homenagear ícones do passado. "Vamos relembrar o teatro de revista, Chiquinha Gonzaga, Bidu Sayão e Machado de Assis através de figuras, música e projeção."
Reduto da boêmia no passado, a Tiradentes foi "palco" da sinuca carioca com os bilhares Guanabara e Guarany, do início do século 20 -ambos ainda em funcionamento.
Ali também ficam dois dos principais teatros da cidade, o João Caetano e o Carlos Gomes, até hoje palco de vários espetáculos.
"A praça tem valor histórico muito grande. A corte portuguesa valorizava muito esse espaço, por isso colocou ali o pelourinho [coluna onde eram exibidos e castigados os criminosos, já derrubada]", explicou o professor Nireu Cavalcanti, da UFF (Universidade Federal Fluminense).
Segundo ele, a primeira constituição brasileira foi jurada na praça, mas os republicanos queriam apagar essa referência do Império.
"Eles queriam trocar o nome da praça, que se chamava Constituição. Por isso, inventaram que o Tiradentes foi enforcado ali. A realidade é que Tiradentes foi enforcado entre a avenida Passos e a rua Senhor dos Passos."


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