DA SUCURSAL DO RIO

O delegado titular da 44ª DP, Luiz Antônio Ferreira, não acredita em solução para a crise de segurança em Inhaúma.
"Os traficantes ficam no alto dos morros e têm visão privilegiada. Não existe solução por enquanto para áreas como a Fazendinha", disse Ferreira, que assumiu a delegacia no início do ano.
Quando foi entrevistado, há 11 dias, o delegado admitiu que a Polícia Civil não entrava na Fazendinha havia dez dias. ""É uma área muito habitada."
Os traficantes da região costumam roubar carros importados nas ruas próximas à favela. Os veículos são usados para corridas dentro da Fazendinha.
"Já recuperamos um carro importado com várias pessoas dançando no teto. Eles roubam até para se divertir", disse o delegado.
No dia 17 de agosto, policiais subiram o morro e mataram um dos líderes do tráfico local -Humberto de Souza Brito. Roberto de Souza Brito, irmão de Humberto e também chefe das bocas-de-fumo na favela, foi preso na ocasião.
O delegado acredita que apenas o conflito direto com os traficantes da região poderá melhorar a situação no bairro. "Mas o custo político é muito alto e acho difícil algum governante aceitar."
Procurada para comentar a violência no bairro, a assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio enviou por e-mail informações sobre intervenções públicas como iluminação de ruas, poda de árvores e construção de áreas de lazer.

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