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CRÔNICA DO DESESPERO
Costureira disse ter ficado em pânico
Mãe de Jhéck sai do anonimato e diz que espera levar o filho para casa
FABRÍCIO FREIRE GOMES
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA
A costureira Rosemara dos Santos Souza, 22, saiu do anonimato
anteontem, em entrevista na qual
autorizou a divulgação de fotos
suas e de seu nome. Ela pedia que
o seu nome fosse preservado desde o dia 30, quando o recepcionista Jeson de Oliveira, 35, pai de
Jhéck Breener de Oliveira, 4, disse
que iria à Justiça pedir a eutanásia
do filho -o casal está separado.
Jhéck, internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Unimed, de Franca, sofre de
doença degenerativa irreversível.
Ela disse que tem esperança de levar o filho para casa. "Quero ver
se compro o aparelho respirador." Para o diretor clínico do
hospital, Luís Fernando Peixe, o
estado de Jhéck é estável, mas isso
não significa que ele possa ir para
casa. "É preciso ter pessoas especializadas acompanhando 24 horas por dia. No hospital, se acabar
a energia, tem um gerador."
Souza disse ter ficado apavorada ao saber da doença de Jhéck.
"Peço desculpas a Deus e ao meu
filho por ter entrado em pânico,
mas vou até o fim."
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