São Paulo, sábado, 05 de outubro de 2002

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VIOLÊNCIA

Para coordenador do Provita, testemunha sob proteção pode ter se matado
Coordenador de monitoramento do Provita (Programa de Apoio e Proteção a Testemunhas,Vítimas e Familiares de Vítimas), o advogado Fernando Matos, 37, disse ontem acreditar que Karina Mousquer Asdnt tenha se matado.
Karina, que desde abril estava vinculada ao programa nacional de proteção a testemunhas, foi encontrada morta em um hotel em Teresópolis (região serrana do Estado do Rio) na segunda-feira. Ela estava pendurada no banheiro, com uma toalha no pescoço. Apesar dos indícios de suicídio, a polícia investiga a possibilidade de assassinato.
Morta aos 26 anos, ela era uma das peças-chave de um esquema internacional de tráfico de drogas que envolvia o policial Francisco Marcondes Romeiro Neto, do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) de São Paulo.
Ele havia sido preso em maio no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, acompanhado da irmã de Karina, Cristine Asdnt, 28. O casal tentava embarcar com 1,39 kg de cocaína para a Holanda.
No último dia 23, Romeiro Neto fugiu da carceragem do Ponto Zero (zona norte do Rio).
De acordo com o advogado, Karina estava no hotel desde o início de setembro e seria levada em breve para um abrigo definitivo. A mudança ocorreria em função da fuga do policial, fato que, segundo Matos, deixou Karina abalada emocionalmente.
O advogado esteve no Rio na terça para participar de uma reunião com outros coordenadores do Provita. A entidade está levantando informações dos últimos dias de vida de Karina.
Dois técnicos do programa, um psicólogo e um assistente social farão relatórios que serão encaminhados à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, em Brasília. (ANA PAULA CONDE, FREE-LANCE PARA A FOLHA)

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